Problema de finalização do São Paulo é reflexo de falhas coletivas
Contra o Corinthians, pelo terceiro jogo seguido, o São Paulo foi para o intervalo da partida sem ter acertado nem um chute sequer no gol adversário. A estatística ajuda a entender o quão ruins têm sido as atuações do Tricolor neste início de temporada e, principalmente, o quão grave é a crise no Morumbi.
Somados os jogos contra Ponte Preta, Talleres e Corinthians, o São Paulo finalizou cinco vezes em direção ao gol. Neste período, a equipe do Morumbi apenas marcou no clássico do último domingo, mas de nada adiantou já que saiu de Itaquera derrotada, por 2 a 1, e piorou ainda mais a relação com seus torcedores.
Olhando apenas os números (dois gols nos últimos sete jogos), a impressão pode ser que apenas o ataque não está funcionando. Entretanto, é importante ressaltar que todos os setores da equipe não estão apresentados os resultados esperados no clube. Com isto, os jogadores da frente ficam sem função e saem de suas posições.
O meio de campo, principal problema do São Paulo até aqui na temporada, tem demonstrado extrema dificuldade para levar a bola da defesa até o ataque. A lentidão dos volantes na transição e a falta de criatividade dos armadores deixa os atacantes sem muita opção nas partidas.
Os pontas, acostumados a irem para a linha de fundo e a invadirem a área adversária, também não têm rendido bem nos últimos jogos. A bola até chega aos lados do campo, mas não há evolução nas jogadas. A falta de aproximação e, principalmente, triangulação geram isso.
Com o meio de campo lento e previsível, os zagueiros e laterais passam a ser os jogadores que mais ficam com a bola durante o jogo. Os defensores iniciam as ações ofensivas do time e, com isso, proporcionam tempo e também espaço para os adversários se arrumarem. Impacientes com a não evolução das jogadas, os atacantes têm deixado suas posições para tentarem ajudar na criação.
Combinados, estes fatores ajudam a decifrar desorganização do São Paulo em campo. Uma das consequências diretas disto são as poucas finalizações, como temos visto nos últimos jogos. O problema da equipe é coletivo, e não apenas do setor ofensivo. Há muito o que melhorar no Tricolor.
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