Após críticas, empresa se explica por "embranquecer" tenista em anúncio
Criticada por um anúncio em que a tenista japonesa Naomi Osaka aparece com a pele mais clara, a Nissin emitiu um comunicado explicando que não teve a intenção de "embranquecer" a atleta que tem ascendência haitiana.
"Não houve intenção de embranquecer. Nós aceitamos que nós não fomos sensíveis o bastante e nós prestaremos mais atenção para questões de diversidade no futuro", afirmou um porta-voz da empresa, segundo o jornal inglês "The Guardian".
No anúncio em questão, Naomi Osaka aparece com a pele mais clara, cabelos castanhos ondulados e características faciais mais próximas a uma caucasiana. A imagem da tenista, que aparece em um vídeo, foi criada por Takeshi Konomi, famoso artista de mangá japonês.
O anúncio, que foi divulgado neste mês no Japão na esteira do Aberto da Austrália, recebeu críticas nas redes sociais e até mesmo em um artigo em dos principais jornais do país, o "Japan Times". O escritor Baye McNeil disse que a Nissin alterou a aparência de Osaka para torná-la "comercialmente atraente".
"A Nissin perdeu a chance de mostrar que o Japão está se esforçando para ser cada vez mais inclusivo, diversificado e inovador", escreveu.
Filha de mãe japonesa e pai haitiano, Naomi Osaka também tem cidadania americana, mas representa as bandeiras do Japão no circuito WTA. Ela ganhou notoriedade no país ao vencer o Aberto dos Estados Unidos em setembro, em final contra Serena Williams. A tenista ainda não comentou o anúncio.