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Dia das Mães: veja 5 livros sobre maternidade, que vão do amor ao abuso

Tilda Swinton interpreta Eva em "Precisamos Falar Sobre o Kevin", filme baseado em livro homônimo - Divulgação/BBC
Tilda Swinton interpreta Eva em 'Precisamos Falar Sobre o Kevin', filme baseado em livro homônimo Imagem: Divulgação/BBC
do UOL

De Splash, em São Paulo

10/05/2025 05h30

O Dia das Mães é uma data que inspira não só celebração, mas também reflexão sobre os múltiplos significados da maternidade —seus laços, desafios, alegrias e até suas complexidades. Para acompanhar esse momento, selecionamos cinco livros que exploram, de formas distintas, as relações entre mães e filhos, o peso das expectativas, o amor incondicional e até as cicatrizes deixadas por essas conexões.

De "Cartas Extraordinárias", de Shaun Usher, que reúne correspondências emocionantes sobre amor e saudade, até "Estou Feliz que Minha Mãe Morreu", a autobiografia crua de Jennette McCurdy sobre abuso e libertação, essa lista percorre desde o afeto terno até as verdades mais duras.

Chimamanda Ngozi Adichie oferece um manifesto urgente em "Para Educar Crianças Feministas", enquanto Lionel Shriver questiona a natureza da culpa em "Precisamos Falar sobre Kevin". Por fim, Valter Hugo Mãe envolve o leitor na poesia cotidiana da maternidade com "Serei Sempre o Teu Abrigo".

Seja para presentear, se emocionar ou repensar o que significa cuidar e ser cuidado, esses livros são um convite a enxergar a maternidade em todas as suas nuances.

"Cartas Extraordinárias", de Shaun Usher

"Cartas Extraordinárias", de Shaun Usher, celebra a força das palavras e a profundidade dos laços afetivos —especialmente entre mães e filhos. Reunindo cartas reais, emocionantes e históricas, a obra revela desde mensagens de amor terno e conselhos atemporais até declarações de saudade que atravessam gerações.

É uma homenagem à conexão única que as mães cultivam por meio da escrita, do cuidado e da memória. Ideal para presentear ou refletir, esse livro lembra que, mesmo em um mundo digital, as palavras escritas com o coração permanecem como um dos maiores legados do amor materno.

"Estou Feliz que Minha Mãe Morreu", de Jennette McCurdy

Apesar do título provocativo, a autobiografia de Jennette McCurdy é um convite corajoso para refletir sobre os lados complexos da maternidade —especialmente quando relações tóxicas, expectativas abusivas e amor condicional se entrelaçam.

A obra não celebra o luto, mas sim a libertação: Jennette expõe sua jornada dolorosa (e muitas vezes dolorosamente comum) de reconhecer cicatrizes, romper ciclos e se reconstruir longe da sombra de uma mãe controladora.

Para quem enxerga o Dia das Mães como uma data de múltiplos significados —incluindo cura, honestidade e resiliência—, este livro é um lembrete poderoso de que amar também significa respeitar limites, inclusive os próprios.

"Serei Sempre o Teu Abrigo", de Valter Hugo Mãe

Valter Hugo Mãe tece uma narrativa delicada e poética que captura a essência do amor materno em sua forma mais pura e protetora. Com a sensibilidade característica do autor, o livro explora a relação entre uma mãe e seu filho, transformando gestos cotidianos em pequenos milagres de afeto e segurança.

A obra é um tributo àquela figura que, mesmo nas tempestades da vida, permanece como porto seguro —seja através do silêncio que acolhe, das mãos que curam ou da presença que nunca desiste.

Ideal para presentear ou ler em conjunto, "Serei Sempre o Teu Abrigo" é como um abraço em forma de livro, celebrando a maternidade como um refúgio eterno e incondicional.

"Precisamos Falar sobre Kevin", de Lionel Shriver

Lionel Shriver desafia noções romantizadas da maternidade ao narrar a história de Eva, uma mãe que confronta o peso insondável da culpa após seu filho cometer um massacre escolar. Por cartas angustiadas ao marido, o livro explora perguntas que muitas mães temem formular em voz alta: O amor materno é sempre instintivo? E se você não reconhecer seu próprio filho?

A obra não oferece respostas fáceis, mas expõe com coragem os abismos da criação, os limites do vínculo e os paradoxos de amar alguém que talvez nunca tenhamos verdadeiramente conhecido. Para quem enxerga o Dia das Mães como momento de reflexão —inclusive sobre suas sombras—, este romance é um convite a discutir tabus, naturezas inesperadas e o preço silencioso das expectativas. Um livro para ler de coração aberto e mente alerta. A obra foi base para o filme homônimo, estrelado por Tilda Swinton e Ezra Miller.

"Para Educar Crianças Feministas", de Chimamanda Ngozi Adichie

Chimamanda Ngozi Adichie oferece um manifesto urgente e amoroso, transformando cartas à sua amiga em um guia atemporal para mães que desejam criar filhos —meninas e meninos— livres de estereótipos e cheios de empatia. Com clareza e afeto, a autora discute desde a importância de rejeitar "princesismos" limitantes até o valor de ensinar vulnerabilidade masculina, lembrando que o feminismo é, antes de tudo, um projeto de humanidade.

Ideal para presentear mães que acreditam em educação como ato revolucionário, este livro é um tributo àquelas que não somente protegem, mas também preparam seus filhos para um mundo mais justo. Porque a melhor herança que uma mãe pode deixar não é somente amor, mas coragem para mudar o mundo.

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