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Maitê Proença diz que Faustão expôs assassinato de sua mãe sem autorização

Maitê Proença relembrou exposição da morte de sua mãe no Domingão do Faustão - Reprodução
Maitê Proença relembrou exposição da morte de sua mãe no Domingão do Faustão Imagem: Reprodução
do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

24/04/2025 18h48

Maitê Proença, 67, relembrou a exposição da morte de sua mãe, Margot Proença, que foi assassinada pelo marido e pai da atriz, Eduardo Gallo, quando ela tinha apenas 12 anos.

O que aconteceu

Caso era mantido em segredo até Fausto Silva expor a ocorrido durante o quadro Arquivo Confidencial, do Domingão do Faustão (Globo),em 2005. Na ocasião, Proença foi surpreendida pela divulgação do fato ao vivo para todo o país.

Proença afirmou que Faustão não tinha autorização para tornar público esse episódio de sua vida. "Fatos muito privados da minha vieram à tona à minha revelia [no Domingão do Faustão]. Eu não teria falado nada daquilo. Eu era uma pessoa muito privada. 25 anos de carreira e nunca tinha abordado um assunto íntimo, familiar. E naquele domingo o Brasil inteiro ficou sabendo", declarou em entrevista ao programa Provoca, da TV Cultura.

A atriz disse que foi "obrigada" a explicar o drama familiar para todo o país. "Eu fui obrigada a contar porque a partir daquele momento a imprensa marrom podia lidar com aquilo e ficar com aquela versão reduzida do que deu para falar em dois minutos, porque eu não falei, ele [Faustão] falou, do jeito que ele falou, eu não contribui".

Maitê ainda destacou que na época sua filha, Maria, era jovem, e ela precisou orientá-la para possíveis questionamentos dos colegas na escola. "E também minha filha, que [na época] era pequena, ia ter que falar daquilo na escola. E criança é ruim, malvada. Eu tinha que falar daquilo como eu pudesse. E como eu pude? Escrevendo um romance, através da arte".

Faustão expôs o assassinato da mãe de Maitê em 2005. O apresentador contou para todo o país que Margot foi assassinada com 11 facadas pelo procurador de Justiça Eduardo Gallo quando Maitê tinha apenas 12 anos. O crime foi motivado por ciúmes.

Na entrevista ao Provoca, a atriz afirmou que chegou a ter asco do pai e que precisou aprender a perdoá-lo. "Meus pais erraram muito e foram erros que levaram à morte. Eles cometeram falhas gravíssimas, e eu os perdoei".

No início, eu não conseguia nem encostar no meu pai fisicamente. Tinha horror daquele monstro, daquela coisa que eu não conseguia tocar. Fui tentando, buscando, conversando, até que me livrei. Essa mala pesada, eu não carrego mais.
-- Maitê Proença sobre o pai

Depois que Faustão tornou o fato público, Proença lidou com o assunto por meio das artes. Ela publicou o livro "O Pior de Mim", que também virou uma peça de teatro.

Splash entrou em contato com a assessoria de Faustão para pedir posicionamento, mas não obteve retorno. Se a resposta for enviada, esta matéria será atualizada.

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