Cultura amazônica! Plataforma reúne desde filmes até receitas da região

O Brasil ganhou uma nova plataforma de conteúdo, a SOMMOS AMAZÔNIA, na última semana. O projeto quer difundir a diversidade da cultura amazônica e "apresentar uma Amazônia que o mundo quer conhecer".
Como é a plataforma
A proposta é dar visibilidade à produção cultural da região e ampliar o acesso a conteúdos que, historicamente, enfrentam barreiras de distribuição. "O problema da cultura brasileira —no caso específico da cultura amazônica— nunca foi relacionado à quantidade, à diversidade dessa produção e, muito menos, à qualidade. O problema sempre foi relacionado à distribuição. Chegamos para promover essa produção", diz Alexandre Agra, sócio-fundador e CEO, a Splash.
Publicada em português, inglês e espanhol, a plataforma nasce com vocação internacional, meses antes de os olhos do mundo se voltarem à Amazônia, que será sede da COP 30 em 2025. O aplicativo reúne oito áreas temáticas: filmes, músicas, livros, artes visuais, alimentação, notícias, parceiros e e-commerce.
Sabendo que a nossa missão é reposicionar a Amazônia no mercado global da economia criativa e gerar visibilidade para os produtores e artistas locais, acreditamos que essa disseminação da cultura amazônica vai estreitar as relações da região com outros estados brasileiros, através do conhecimento.
Alexandre Agra
Segundo o fundador, um dos diferenciais da plataforma está na maneira como retrata os povos da floresta. "Toda vez que falam da Amazônia, a foto é de cima para baixo e parece que não há gente lá. Nós vamos mostrar a floresta de homens que habita a floresta amazônica. Embaixo das copas daquelas árvores existem 30 milhões de pessoas habitando aquela região, produzindo uma cultura pujante, colorida".
O valor da assinatura fixa é de R$ 9,90 por mês. A plataforma pode ser acessada pelo link www.sommosamazônia.art.br.
Acervo
Plataforma traz desde clássicos do cinema regional —como "Brincando nos Campos do Senhor", de Hector Babenco— até ritmos musicais locais, como tecnobrega, carimbó, guitarrada, lambada, indie amazônico, jazz manauara e cantos indígenas. Uma curadoria equilibra o ineditismo e acessibilidade para o público geral a partir de um "olhar ampliado para diferentes áreas culturais e com a contribuição dos parceiros".
O catálogo inicial, que será regularmente ampliado, apresentará 300 filmes, 30 mil músicas, 2.500 livros, mais de 750 obras artísticas, além de um glossário de alimentos e ingredientes composto por 330 verbetes. "É o resultado de um profundo trabalho de pesquisa, curadoria e de um processo constante e dinâmico de licenciamento de conteúdos produzidos por uma ampla rede de parceiros locais, nacionais e internacionais, formada por artistas e produtores independentes, pequenas, médias e grandes empresas, instituições culturais e socioambientais, veículos e agências de notícias", detalha Alexandre.
Essa iniciativa quer também contribuir para a permanência das populações tradicionais em seus territórios. "Entendemos que ao gerar receitas para os atores da Economia Criativa da Amazônia, estaremos fortalecendo sua permanência em seus locais de origem. Sem assistencialismo. A existência e a permanência dos habitantes e de suas comunidades em seus territórios originais, a preservação e valorização de seus saberes e fazeres ancestrais são fatores fundamentais para a própria preservação dos diferentes ecossistemas da Amazônia e estão diretamente interligados".