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Tilda Swinton diz que presença na Berlinale foi uma decisão "pessoal" em meio a pedidos de boicote

14/02/2025 13h10

Por Hanna Rantala

BERLIM (Reuters) - A atriz britânica Tilda Swinton, conhecida por seus papéis muitas vezes excêntricos e peculiares em filmes independentes e de grande sucesso de bilheteria, disse nesta sexta-feira que decidiu "em um momento pessoal" participar do Festival de Cinema de Berlim, apesar dos pedidos de boicote por causa da guerra em Gaza.

Em uma coletiva de imprensa na manhã seguinte à entrega do prêmio honorário Urso de Ouro do evento, em reconhecimento à sua longa carreira, Swinton também disse que ficará sem atuar pelo menos até o fim do ano.

Questionada sobre os pedidos de boicote ao festival deste ano pelo movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), liderado por palestinos, Swinton disse que havia tomado "uma decisão pessoal" de viajar à capital alemã.

"De certa forma, a coisa mais difícil com a qual todos nós estamos tendo que lidar agora é esse sentimento de impotência. Portanto, qualquer gesto de ação poderosa que possamos fazer parece ser uma boa opção", disse ela.

"Entendo perfeitamente que o boicote pode parecer, e muitas vezes é, a coisa mais poderosa que podemos fazer", disse ela.

"Decidi que era mais importante para mim vir. Graças ao festival, recebi uma plataforma como a que tenho hoje, que decidi, em um momento pessoal, ser potencialmente mais útil para todas as nossas causas do que eu não comparecer", disse Swinton.

Em seu discurso de agradecimento na cerimônia de quinta-feira à noite, Swinton atacou os planos declarados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de transformar Gaza na "Riviera do Oriente Médio", bem como os governos "viciados em ganância" que permitem a existência de criminosos de guerra e a destruição do planeta.

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