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Acesso de crianças de 0 a 2 anos à internet cresce quase 400% desde 2015

Pesquisa aponta um aumento de crianças brasileiras com acesso à internet - Getty Images
Pesquisa aponta um aumento de crianças brasileiras com acesso à internet Imagem: Getty Images
do UOL

Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte

11/02/2025 10h57Atualizada em 11/02/2025 11h01

A porcentagem de crianças brasileiras de 0 a 2 anos que têm acesso à internet foi de 9% em 2015 para 44% em 2024. É o que mostram dados do Cetic.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação), divulgados nesta terça-feira (11).

O que aconteceu

Dados analisam o uso de tecnologias digitais por crianças de 0 a 8 anos no Brasil. Eles foram extraídos das pesquisas TIC Domicílios e TIC Kids Online Brasil, entre 2015 e 2024.

Em todas as faixas analisadas, a proporção de crianças com acesso à internet aumentou. Entre as crianças de 3 a 5 anos, a porcentagem subiu de 26%, em 2015, para 71%, em 2024, enquanto na faixa de 6 a 8 anos subiu de 41% para 82%.

As crianças das classes DE, entretanto, possuem menos acesso à internet em relação às crianças das demais classes. Considerando a faixa etária de 6 a 8 anos, 69% das crianças das classes DE usaram a internet em 2024, contra 88% na classe C e 97% das classes AB. A disparidade também acontece na faixa etária de 3 a 5 anos, com 60% (DE), 77% (C) e 90% (AB), e de 0 a 2 anos, com 40% (DE), 47% (C) e 45% (AB).

Dispositivo de acesso

Houve um grande salto em relação às crianças que possuem telefone celular, principalmente após a pandemia de covid-19. Em 2015, 18% das crianças entre 6 e 8 anos tinham um celular próprio. Esse número subiu para 36% em 2024. Entre as crianças de 3 a 5 anos, o número subiu mais de três vezes, de 6% em 2015 para 20% em 2024.

Entretanto, o uso de computadores, seja desktop, notebook ou tablet, caiu. Em 2015, 26% das crianças de 3 a 5 anos e 39% entre 6 e 8 anos usavam algum desses equipamentos. Já em 2024, o número caiu para 17% e 26%, respectivamente. Entre as crianças de 0 a 2 anos, o uso desse tipo de dispositivo apresentou estabilidade.

Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, afirma que os dados levantados são apenas um primeiro passo para compreender a utilização de tecnologias digitais pelas crianças. Outras pesquisas são necessárias para mensurar, por exemplo, o tempo em que essas pessoas passam diante da tela e a forma em que esse tipo de tecnologia é usado. "Também é fundamental compreender quais os conteúdos acessados e as práticas de mediação dos responsáveis para o uso da Internet pelas crianças", afirma.

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