Oscar pode tornar obrigatória revelação do uso de IA em filmes indicados

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas está cogitando tornar obrigatório, aos filmes que lançarem mão da inteligência artificial, uma revelação expressa do uso do artifício no caso de concorrerem ao Oscar.
O que aconteceu
Atualmente, a confissão do uso de IA pela produção dos títulos indicados é apenas sugerida. Ou seja: cada diretor tem a opção de expor ou não se utilizou inteligência artificial na produção de sua obra, não vindo a sofrer qualquer penalidade caso prefira se calar a respeito.
Existe, porém, um movimento para que a publicidade dessa informação vire uma exigência a partir de 2026. Caso isso aconteça, segundo a revista Variety, a nova regra será publicada pela Academia em abril deste ano, justo com o regulamento completo do Oscar vindouro.
Em 2025, alguns dos filmes concorrentes admitiram ter recorrido à IA em sua pós-produção, como "Emilia Pérez" e "O Brutalista". No primeiro caso, o recurso foi aplicado no ajuste das vozes dos protagonistas em algumas cenas musicais. Já no outro título, serviu para melhorar a pronúncia húngara de certos atores.