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Giselle Itié denuncia assédio na adolescência: 'Fiquei congelada'

Gisele Itié lamenta assédio na adolescência - Mariana Pekin/UOL
Gisele Itié lamenta assédio na adolescência Imagem: Mariana Pekin/UOL
do UOL

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

13/12/2024 12h16

Giselle Itié, 42, relembrou o assédio que sofreu no passado.

O que aconteceu

Atriz disse que estava acompanhada dos primos no Guarujá, na noite de Réveillon, quando um desconhecido a atacou. "Eu tinha uns 12 ou 13 anos. Um cara estava me olhando, eu tinha a sensação de congelamento, me sentia comida de uma certa forma", contou no podcast "Exaustas", de Carolinie Figueiredo e Samara Felippo.

Esse cara veio e enfiou a mão no meio dos meus seios e chegou a apertar. Eu fiquei congelada. Meus primos falaram 'já passou' e eu fiquei andando como se nada tivesse acontecido. Giselle Itié

A situação fez com que Itié começasse a agir de forma mais defensiva. "Com uns 15 anos eu comecei a ficar mais bocuda. Um dia estava passeando no shopping e vi que um cara mais velho estava me olhando e falei 'qual é, cara? Eu tenho idade para ser sua filha'. Quando eu olho, era o melhor amigo do meu pai", relatou.

Carolinie faz um relato semelhante, afirmando que se sentia intimidada dentro da própria casa. "Tinha um vizinho que ficava me olhando, me observando. Eu percebi agora que ficava afetada com aquilo, não consigo nem expor de tão complexo. Agora, com 35 anos, eu fico assustada com o que estava acontecendo, de um homem velho, que era casado com a vizinha, ficar me olhando. Eu perdi a privacidade, a espontaneidade. Tinha um incômodo, uma raiva", lamentou.

Como denunciar

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o BO em mãos. O exame pode trazer provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial e pode ser feito a qualquer momento depois do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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