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Reality do TOCA revela talentos: 'não só artistas, mas toda uma cultura'

Participante do TOCA Revela, o Reality, Naieme se apresentou no palco do Rock The Mountain 2024, em Petropólis (RJ), em novembro - Divulgação
Participante do TOCA Revela, o Reality, Naieme se apresentou no palco do Rock The Mountain 2024, em Petropólis (RJ), em novembro Imagem: Divulgação
do UOL

Gustavo Brigatti

Colaboração para o TOCA

30/11/2024 07h00

"Um reality show musical não divulga apenas um artista, mas toda uma cultura."

A definição é da cantora Naieme, uma das oito participantes do TOCA Revela - O Reality. Assim como ela, muita gente talentosa vinda de todos os cantos do país ganhou (e está ganhando) uma projeção que só um formato como esse oferece. O programa entrou na fase da semifinal, com apenas quatro participantes. Seguem na disputa a dupla Iori e as cantoras Nana Batista, Malu Guedelha e Sofia Malta (conheça eles aqui).

Mas quem passou pela jornada do reality afirma que não vai esquecer tão cedo da experiência.

Primeiro reality musical voltado para as redes sociais, o TOCA Revela soma mais de 15 milhões de visualizações apenas no Instagram, unindo tribos das mais diversas — do funk ao pop, passando pelo pagodão baiano e a MPB. E usou o poder das comunidades virtuais para impulsionar artistas como Sulamita Caetano, do interior de São Paulo, desclassificada no 5º episódio e que há mais de 10 anos espalha a palavra do sertanejo pelo interior de São Paulo.

Sulamita Caetano mostrou suas composições no sertanejo no TOCA Revela, o Reality - Divulgação - Divulgação
Sulamita Caetano mostrou suas composições no sertanejo no TOCA Revela, o Reality
Imagem: Divulgação

"Cresci acompanhando muitos realities na TV e acredito que sejam os programas que mais abrem portas para cantores e compositores no anonimato", comenta a cantora e violeira, que soma mais de 100 mil visualizações em suas plataformas.

Naieme, desclassificada no 3º episódio, é outra que possui longa e virtuosa trajetória artística. Com uma música que transborda ancestralidade, a paraense já se apresentou em festivais de grande porte, como Se Rasgum, Psica, Porto Musical e Rock The Mountain. E entrou no TOCA Releva justamente para mostrar a potência da sua terra natal.

"A gente tem muita história, a gente tem muita memória, muita musicalidade para contribuir com tudo. E eu acho que um reality só tem a ganhar quando coloca artistas do Norte, artistas do Nordeste, que tem a sua musicalidade mais diferenciada", diz a cantora, que engajou muita gente durante sua permanência no programa.

A banda baiana Gravnave - Divulgação - Divulgação
A banda baiana Gravnave
Imagem: Divulgação

"Consigo ouvir todo arranjo já contigo cantando. Muito firme, típico de quem tem musicalidade na alma!! Parabéns", comentou um internauta sobre Naieme. "Eu vou falar pra vocês, missão difícil essa escolha. Yori levando no duelo, mas a Naieme também levou meu coração", derreteu-se outro, no episódio em que a paraense foi eliminada pela dupla paulista.

Outro talento que já chegou com base de fãs mobilizada foi a banda Gravnave, de Salvador (BA). Desclassificada no 6º episódio, contabiliza uma estrada considerável no cenário musical misturando ritmos baianos com um olhar futurista - mais uma prova de que, na peneira do TOCA Revela, até os mais talentosos e gabaritados competidores tiveram que lutar (e muito!) para continuar.

O fandom é real

Com cinco episódios no ar, o TOCA Revela já conta conta com capítulos que já ultrapassaram 1 milhão de views e segue para sua reta final, movimentando as redes sociais dos seus participantes. Foram tantos talentos inscritos que os primeiros desclassificados já conseguiram angariar fãs.

A cantora Paolla, uma das participantes da primeira fase do TOCA Revela, o Reality - Divulgação - Divulgação
A cantora Paolla, uma das participantes da primeira fase do TOCA Revela, o Reality
Imagem: Divulgação

"Eu ganhei alguns bons seguidores", comenta a cantora Paolla, de Campo Grande (MS), desclassificada no 4º episódio. "Fiquei muito feliz porque quem passou a me seguir foram outros músicos, outros artistas independentes como eu".

Dona de um estilo vibrante que mescla o batidão do funk com pop eletrônico, Paolla representou o Centro-Oeste brasileiro e não esperava que a repercussão fosse tão grande - e ressaltou a importância do formato:

"Um reality na carreira de um artista é uma oportunidade. Seja pelo prêmio em si, pela maturidade musical que você ganha ao longo do processo, as novas influências que você encontra com os outros participantes, com as conexões que você faz dentro do reality em si? E também com a oportunidade de você ter um trabalho depois disso, né?".

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