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Valesca apoia fim da escala 6x1 e rebate hater: 'Fui frentista, seu brocha'

Valesca Popozuda relembrou passado como frentista ao defender o fim da escala 6x1 - Reprodução/UOL
Valesca Popozuda relembrou passado como frentista ao defender o fim da escala 6x1 Imagem: Reprodução/UOL
do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

11/11/2024 20h03

Valesca Popozuda, 46, foi uma das celebridades que se manifestaram em defesa do fim da escala 6x1 de trabalho, tema que dominou as redes sociais no Brasil durante o final de semana.

O que aconteceu

Popozuda afirmou que a jornada de seis dias de trabalho e um de descanso é prejudicial aos trabalhadores. "A escala 6x1 prejudica qualquer ser humano a ter uma vida com qualidade e saúde mental, de se dedicar a uma faculdade ou curso extra, de viver momentos de lazer com a família e amigos e tem deputado me falando que a pessoa quer 'vadiar'. É triste", escreveu a cantora em seu perfil no X.

Nos comentários, a funkeira foi criticada por um internauta que a acusou de defender a proposta sem nunca ter sido CLT, ou seja, ter trabalhado com carteira assinada. A famosa rebateu o crítico e lembrou seu passado como frentista em posto de combustível.

"Aí pau no c* não conhece a minha história, né, pic* mole. Fui frentista seu brocha e trabalhei 6x1. Sei mais que você que não sabe nem lamber a ponta de um grelo, seu mané", escreveu Valesca ao responder o comentário crítico.

Valesca Popozuda trabalhou como frentista em um posto de combustível no Cachambi, na zona norte do Rio de Janeiro, antes de ser cantora. A famosa largou a profissão após se estabelecer como um dos principais nomes do funk feminino no Brasil e até hoje se mantém na carreira artística.

Fim da escala 6x1

Um dos principais assuntos nas redes sociais nos últimos dias, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê o fim da escala de trabalho 6x1 — seis dias de trabalho para um de descanso — vem ganhando força na Câmara dos Deputados.

A proposta, na verdade, prevê expediente máximo de quatro dias por semana, oito horas diárias e 36 horas semanais. Ela foi apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL) em maio. Uma jornada de oito horas diárias em quatro dias por semana, porém, soma 32 horas semanais, e não 36. O UOL questionou a deputada sobre o motivo da divergência e aguarda resposta.

Atualmente, a lei prevê que a duração do trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais. Ou seja, a atual legislação não proíbe seis dias de trabalho por semana, desde que não ultrapassem as horas previstas.

Para começar a tramitar, a proposta precisa de 171 assinaturas. Em entrevista ao UOL News nesta segunda-feira (11), a deputada afirmou que ela já tem mais de cem assinaturas e que a PEC deve alcançar as 171 necessárias para ser apresentada à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ainda esta semana.

Se chegar a tramitar, a PEC precisa dos votos de três quintos dos deputados para passar na Câmara. Depois, vai para o Senado, onde também precisa de três quintos dos votos. Em caso de aprovação pelo Congresso, o projeto entra em vigor em até 360 dias —quase um ano.

Iniciativa encampada por Erika Hilton é baseada em proposta do vereador eleito do PSOL. Rick Azevedo foi o vereador mais votado da sigla neste ano e vai ocupar uma cadeira na Câmara Municipal do Rio. Ele ganhou notoriedade nas redes como fundador do Movimento Vida Além do Trabalho, que defende o fim da escala 6x1.

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