Valesca apoia fim da escala 6x1 e rebate hater: 'Fui frentista, seu brocha'
Valesca Popozuda, 46, foi uma das celebridades que se manifestaram em defesa do fim da escala 6x1 de trabalho, tema que dominou as redes sociais no Brasil durante o final de semana.
O que aconteceu
Popozuda afirmou que a jornada de seis dias de trabalho e um de descanso é prejudicial aos trabalhadores. "A escala 6x1 prejudica qualquer ser humano a ter uma vida com qualidade e saúde mental, de se dedicar a uma faculdade ou curso extra, de viver momentos de lazer com a família e amigos e tem deputado me falando que a pessoa quer 'vadiar'. É triste", escreveu a cantora em seu perfil no X.
Nos comentários, a funkeira foi criticada por um internauta que a acusou de defender a proposta sem nunca ter sido CLT, ou seja, ter trabalhado com carteira assinada. A famosa rebateu o crítico e lembrou seu passado como frentista em posto de combustível.
"Aí pau no c* não conhece a minha história, né, pic* mole. Fui frentista seu brocha e trabalhei 6x1. Sei mais que você que não sabe nem lamber a ponta de um grelo, seu mané", escreveu Valesca ao responder o comentário crítico.
Valesca Popozuda trabalhou como frentista em um posto de combustível no Cachambi, na zona norte do Rio de Janeiro, antes de ser cantora. A famosa largou a profissão após se estabelecer como um dos principais nomes do funk feminino no Brasil e até hoje se mantém na carreira artística.
Fim da escala 6x1
Um dos principais assuntos nas redes sociais nos últimos dias, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê o fim da escala de trabalho 6x1 — seis dias de trabalho para um de descanso — vem ganhando força na Câmara dos Deputados.
A proposta, na verdade, prevê expediente máximo de quatro dias por semana, oito horas diárias e 36 horas semanais. Ela foi apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL) em maio. Uma jornada de oito horas diárias em quatro dias por semana, porém, soma 32 horas semanais, e não 36. O UOL questionou a deputada sobre o motivo da divergência e aguarda resposta.
Atualmente, a lei prevê que a duração do trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais. Ou seja, a atual legislação não proíbe seis dias de trabalho por semana, desde que não ultrapassem as horas previstas.
Para começar a tramitar, a proposta precisa de 171 assinaturas. Em entrevista ao UOL News nesta segunda-feira (11), a deputada afirmou que ela já tem mais de cem assinaturas e que a PEC deve alcançar as 171 necessárias para ser apresentada à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ainda esta semana.
Se chegar a tramitar, a PEC precisa dos votos de três quintos dos deputados para passar na Câmara. Depois, vai para o Senado, onde também precisa de três quintos dos votos. Em caso de aprovação pelo Congresso, o projeto entra em vigor em até 360 dias —quase um ano.
Iniciativa encampada por Erika Hilton é baseada em proposta do vereador eleito do PSOL. Rick Azevedo foi o vereador mais votado da sigla neste ano e vai ocupar uma cadeira na Câmara Municipal do Rio. Ele ganhou notoriedade nas redes como fundador do Movimento Vida Além do Trabalho, que defende o fim da escala 6x1.