Claudia Raia, que já fez campanha contra Lula, diz que seu partido é a arte
Claudia Raia, 57, adotou uma postura discreta sobre política desde que foi símbolo de campanha contra o então candidato Lula (PT) nos anos 1980, e hoje prefere não se envolver publicamente nessa seara. Entretanto, como um símbolo das artes brasileiras, a artista afirmou que seu partido político é aquela que apoia e incentiva as arte.
O que aconteceu
Raia abordou o assunto ao ser questionada pela apresentadora do Foquinha Entrevista sobre o estado atual da arte no Brasil após a pandemia de covid-19 e o "negacionismo" da gestão Jair Bolsonaro (PL). Sem citar o nome de nenhum político, a atriz afirmou que, hoje, a arte nacional tem alguns "machucados" depois de "praticamente morrer" no governo anterior.
A atriz reforçou sua posição política em defesa da arte. "Estamos agora com alguns machucados. Estivemos mortos praticamente, levantamos, estamos curando as nossas dores e com os teatros lotados. O nosso ato político é estar em cena, mostrar o nosso trabalho. Se você me perguntar 'qual partido você é', direi: 'o que apoia a arte', porque senão a gente vai perder a essência. Estamos aqui para lutar. Se nos derrubar, a gente vai se levantar de novo".
Claudia, que tem uma carreira de sucesso na TV e nos palcos, ressaltou como a arte tem se reinventado para sobreviver às diferentes ideologias políticas e seus governantes. "O teatro e a arte sobrevivem a qualquer coisa. O teatro existe há 3.000 anos, vem ditadura, sai ditadura, guerras, o teatro ressurge do nada para poder salvar pessoas, porque a arte salva".
Ela também destacou a importância da arte para passar pelo período pandêmico. "O que a gente fez durante a pandemia: a gente consumiu artes, viu séries, filmes, leu livros e isso é arte. A gente entendeu finalmente que a arte é a identidade de um país e não podemos viver sem ela, muito menos não elevando os artistas, as pessoas que vieram com essa missão".
Claudia foi entusiasta de Collor
Hoje fora do debate político partidário, Claudia Raia já participou ativamente do cenário político do Brasil em 1989. Na época, ela foi uma das celebridades mais entusiasmadas a se posicionar em favor da candidatura de Fernando Collor de Mello a presidente pelo então PRN (atual Agir), que disputou e venceu o segundo turno contra Lula.
No entanto, o desfecho dessa história se tornou um pesadelo para a atriz. Collor adotou a impopular medida de confiscar as poupanças dos brasileiros para conter a inflação e acabou deposto do cargo tempos depois em meio a escândalos de corrupção.
Por ser amiga do político e ter se engajado ativamente na campanha, Raia foi alvo de inúmeras críticas e, a partir daquele momento, decidiu que não se envolveria mais em campanhas de políticos, nem mesmo para apoiar seus familiares.
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