O 'truque' de Elon Musk para driblar STF e o X voltar a funcionar no Brasil
Os usuários apaixonados pelos X (antigo Twitter) chegaram a acreditar na quarta-feira (18) que o bloqueio da rede social no país tinha acabado. Algumas pessoas estavam conseguindo acessar e publicar na plataforma. Mas na verdade, tudo não passou de uma mudança de servidores.
Na intenção de driblar a decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, Elon Musk trocou a maneira como a rede é distribuída no Brasil. Em vez de usar IPs Fixo (uma identificação que funciona como um 'RG' dos sites e computadores), a empresa passou a utilizar IPs dinâmicos, que mudam a toda hora, fornecidos pela Cloudflare, companhia norte-americana de intermediação de distribuição de conteúdo.
Essa mudança constante de identificação da rede dificulta seu bloqueio. Se, por exemplo, fosse derrubado no Brasil o IP da Cloudflare, que estava gerando esses IP's dinâmicos, outros sites seriam comprometidos, como de bancos e do próprio governo.
A resposta das autoridades do Brasil foi imediata. A Anatel informou sobre a manobra de Musk para a Cloudflare que, imediatamente, se prontificou a ajudar a bloquear o sinal da rede X no Brasil, de uma forma que não comprometesse outras operações.
A Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) soltou uma nota oficial. Nela, pede que os provedores de internet no Brasil - que representam 53% do mercado de internet no país - esperassem instruções oficiais da Anatel antes de bloquear esses IP´s dinâmicos da Cloudflare. "Um bloqueio inadequado poderia impactar negativamente empresas e serviços essenciais, prejudicando milhares de usuários", dizia o comunicado.
A Anatel já tomou medidas. A Agência Nacional de Telecomunicações mandou notificações para às 20 mil operadoras que fornecem internet ao país solicitando novamente o bloqueio do X.
A 'brincadeirinha' rendeu uma multa. Alexandre de Moraes multou o X em R$ 5 milhões por dia que a rede ficar no ar no Brasil.
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