Onde ir no Dia dos Pais: Rodrigo Oliveira e mais chefs indicam lugares
Em casa de ferreiro, o espeto é de pau. E eu raramente acerto nas recomendações de restaurantes que dou ao meu pai. Neste ano, decidi ser mais estratégica e pedir a ajuda de quem manja de gastronomia e também é pai.
Convidei quatro cozinheiros para a missão. Com cinco filhos, Rodrigo Oliveira, do aclamado Mocotó, sugere comemorar a data em outros dois restaurantes da zona norte. Jefferson Rueda confessa, aqui, quais endereços costuma ir em comemorações. Sem ser A Casa do Porco, claro.
Já o chef Benny Novak, do francês Ici Bistrô e do italiano Tappo, revela as casas que frequenta com o seu quarteto. Diretamente de Belo Horizonte, Léo Paixão, à frente do Glouton e de outros cinco negócios gastronômicos, indica endereços paulistanos onde gostaria de dividir a mesa com os seus dois pequenos. Com a palavra, os chefs:
Belo Café
"O restaurante-café é comandado pela última ganhadora do reality 'The Taste Brasil', a Andreza Luísa, que também trabalhou como minha sous chef. Ela é um talento que leva o gostinho de Minas Gerais para São Paulo. O destaque é a costela de boi desossada e defumada que desmancha na boca após 18 horas de cocção", diz Léo.
Rua Padre João Manoel, 881, Jardins. @belocafesp
Bicol
"Eu e meus filhos adoramos comer no Bicol. Especializado em churrasco coreano, o lugar é ótimo para ir em família porque as porções são fartas. A grelha vai no centro da mesa junto com várias guarnições e comidinhas para compartilhar. É um lugar para quem procura uma experiência diferente", recomenda Jefferson.
Rua José Getúlio, 422, Liberdade. @bicolrestaurante
Confeitaria Caramelo
"O Pedro Frade é, na minha opinião, o melhor confeiteiro do Brasil. Os doces, especialmente os entremets, são impecáveis na apresentação e sofisticados no paladar -- não há exagero de açúcar. Os folheados são os mais leves que comi. Isso sem contar o sorvete, que é o melhor de São Paulo", declara Léo.
Rua Cândido Lacerda, 33, Jardim Anália Franco. @confeitaria.caramelobr
Cozinha dos Ferrari
"Pensa num lugar que é como a sala de casa, com uns irmãos muito loucos servindo receitas italianas da avó. O cardápio, que muda sempre, fica a cargo de Mauro Ferrari e o serviço, da irmã e da esposa. Gostoso, acolhedor e divertido, é o restaurante mais família do 'Bronx paulistano', a Mooca", indica Benny.
Rua Tobias Barreto, 1467, Mooca. @cozinhadosferrari
Lassù
"Instalado na cobertura de um prédio comercial, o restaurante tem um ambiente lindo, com vista para o aeroporto Campo de Marte. A cozinha italiana é tocada pelo incrível chef Henrique Schoendorfer. E tudo isso é abraçado pelo serviço afetuoso e preciso de Ricardinho Trevisani", elogia Rodrigo.
Rua Conselheiro Saraiva, 207, Santana. @lassu_ristorante
Sushi Hiroshi
"Aberto há 27 anos, é um dos melhores restaurantes japoneses da cidade. Enquanto o salão é comandado por Francisco Ogawa, o balcão é responsabilidade do irmão, o chef Julio Hiroshi. De suas mãos, saem sushis preparados com peixes frescos e técnicas impecáveis", sugere Rodrigo.
Rua Capitão Manuel Novaes, 189, Santana. @sushihiroshioficial
Tatini
"Levo os meus filhos desde que eram pequenos ao Tatini. Vamos em todas as datas especiais, inclusive Dia dos Pais. É um restaurante bem tradicional paulistano, que ainda serve comida de réchaud. Os pratos são bem clássicos. Exemplos são o estrogonofe e o camarão flambado na frigideira", explica Jefferson.
Rua Batataes, 558, Jardim Paulista. @tatinirestaurante_oficial
Ton Hoi
"Frequento há 30 anos. Já é um clássico da família Novak. O clima meio caótico, por estar sempre lotado, marca a identidade do lugar -- eu adoro! As receitas executadas pelo chef Tommy Wang são saborosas e fartas. Minhas prediletas: camarão ao molho gengibre, costelinha frita e bifum ao curry", aponta Benny.
Avenida Francisco Morato, 1484, Butantã. @tonhoirestaurante
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BARES
Por Sergio Crusco
Taças cheias de mar
Bares de restaurantes, quando bem entrosados com a cozinha, costumam ser inventivos e surpreendentes. Os mixologistas pegam emprestados dos chefs ingredientes, técnicas gastronômicas e equipamentos para enriquecer seus coquetéis. Tudo vira festa para os olhos e para a boca.
Nesse bate-bola entre bar e cozinha, elementos do mar foram parar nas taças, em coquetéis com salinidade, umami, temperos picantes, cheirosos, herbais e até algum dulçor para deixar a coisa ainda um pouco mais complexa.
É assim em duas casas bacanas do Itaim em que peixes e frutos do mar têm protagonismo no cardápio: o Le Bulô, do chef carioca Ricardo Lapeyre, e o Imakay, um dos japoneses mais badalados da cidade.
Imakay
O bartender Kevin Cavalcante adora experimentar com ingredientes nipônicos e um dos seus hits é o Umami Negroni. A base é o destilado japonês awamori, mais Campari infusionado com alga kombu e katsuobushi (bonito desidratado) e vermute seco no lugar do doce. Acompanha um singelo biscoitinho de alga nori. Akai Chi é sua versão de Bloody Mary com borda e acompanhamento de jamón de atum, técnica de defumação do peixe com especiarias "roubada" da cozinha.
Rua Urussuí, 330, Itaim. @imakaysaopaulo
Le Bulô
Jonny Paes e Jéssica Sanchez abriram uma seção dedicada ao mar na carta de coquetéis. Petit Conseil recria o Bloody Mary com molho de ostra bem temperado e é servido com alga nori crocante, crudo de atum e chantilly de wasabi. Oyster Martini é bem salino, com água de ostra na composição e a companhia de uma ostra aromatizada com a erva salicórnia. Martini 50/50 tem gim, Lillet, óleo de menta e polpudas azeitonas curadas em caldo de mariscos.
Rua Manoel Guedes, 233, Itaim. @lebulo.brasserie
BELISQUETES
Por Gabrielli Menezes
O óleo é de hoje? Pastéis sequinhos em SP
Me sinto tão íntima de pastel que parece até que ele nasceu a primeira vez que fui à feira e mandei um: "me vê um de carne com queijo e um caldo de cana". Longe disso. Lá por volta de 1940, imigrantes chineses chegaram à receita na tentativa de adaptar o preparo de dumplings e rolinhos primavera com ingredientes mais comuns no Brasil. Mas os grandes responsáveis pela difusão do salgado foram os japoneses.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os refugiados do país asiático faziam pastéis para se passar por chineses, já que Brasil e Japão estavam de lados opostos. O conflito acabou e, até hoje, boa parte das pastelarias da cidade pertencem à comunidade, que é craque em equilibrar massa e recheio, fritar cada unidade por imersão em óleo fresco e secar o suficiente para não respingar na roupa de quem come.
Conheça meus favoritos:
Oshiro
A pastelaria ambulante percorre a cidade. A cada dia, estaciona em um endereço fixo e abre o teto retrátil para iniciar a operação-fritura de fim de tarde. É difícil algum sabor superar o barcelona, de alho-poró com catupiry (R$ 17, cinco unidades pequenas).
Avenida Fábio Prado, 608, Chácara Klabin (às segundas).
Yoka
Fundada em 1996, a casa coleciona prêmios de publicações gastronômicas. A reforma realizada recentemente aumentou o número de lugares e facilitou a vida de quem prefere comer o pastel de carne com ovo de gema ainda mole (R$ 25) sentado, na companhia da ótima pimentinha caseira.
Rua dos Estudantes, 37, Liberdade. @pastelyoka
PRÊMIO NOSSA
O Prêmio Nossa é a eleição dos melhores bares e restaurantes de São Paulo, eleitos por um júri de 40 pessoas composto por jornalistas e especialistas do setor, influenciadores com foco em gastronomia e celebridades que amam circular pela cidade. Oito categorias também tiveram votação popular.
Toda semana, até a primeira quinzena de agosto, estamos revelando os vencedores de prêmios antecipados. Confira abaixo os quatro últimos resultados apresentados e veja a lista completa de campeões no site do Prêmio Nossa.
Os melhores brasileiros
Muito antes da defesa dos ingredientes e preparos regionais brasileiros virar moda, a chef Mara Salles já levantava essa bandeira. Ela comanda desde 1990 o Tordesilhas, eleito o Melhor Brasileiro no Prêmio Nossa. Outro ícone dessa categoria, o chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó, garantiu o segundo lugar, seguido pelo Notiê, inaugurado em 2021.
Veja o ranking completo
Os melhores japoneses
O restaurante Aizomê, comandado pela chef Telma Shiraishi, foi o grande campeão do voto do júri, seguido pelo Shin-Zushi e o Makoto San, que levaram a prata e o bronze, respectivamente. No voto popular, não teve para outro: o Jun Sakamato conquistou a maioria do público como o melhor restaurante japonês de São Paulo.
Veja o ranking completo
Melhor Cozinha de Bar
A diversidade marcou esta categoria. O tradicional Bar do Luiz Fernandes -- com seu famoso bolinho de carne que faz muita gente cruzar a cidade até o bairro de Santana -- foi o campeão do voto popular. Já na opinião dos jurados, preencheram o pódio o Tan Tan (1º lugar), o Astor (2º lugar) e o Clos Wine Bar (3º lugar).
Veja o ranking completo
Melhor restaurante de Carnes
Onde comer os melhores cortes de São Paulo? Numa disputa acirrada, o chef peruano Renzo Garibaldi garantiu ao Osso o primeiro lugar no voto do júri. Os retaurantes Cór e Barbacoa também subiram ao pódio do Prêmio Nossa, em segundo e terceiro lugar. Na votação popular, o Rubayat sagrou-se o grande campeão.
Veja o ranking completo
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