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Pitel se emociona ao falar sobre xenofobia: 'Querem mudar o jeito que falo'

Pitel e Fernanda no PodDelas - Reprodução Twitter
Pitel e Fernanda no PodDelas Imagem: Reprodução Twitter
do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

30/05/2024 14h39

Pitel, 24, contou sobre como enfrenta a dificuldade de ter oportunidades devido à suas origens, seu sotaque e sua cor.

O que aconteceu

Enquanto estava no podcast PodDelas, apresentado por Tata Estaniecki, 30, e Boo Unzueta, a assistente social nascida em Alagoas, Maceió, se emocionou ao falar sobre falas xenofóbicas e racistas que recebe de pessoas ao seu redor. "Isso vem de pessoas que eu convivo, com que eu escolhi conviver, isso bate em outro lugar."

Não é um comentário isolado da internet, é algo que é vivência e junta com racismo e todo esse problema estrutural que pessoas negras e nordestinas enfrentam. Até que aquela pessoa se apague e fique do jeito que você fala. Que tire todos os sotaques, os trejeitos. Eu preciso falar de outra forma para alcançar outros lugares. Eu preciso anular um pouco o jeito que eu falo para poder uma marca me ver. Talvez seja sua forma de falar, porque seu perfil não é bem aceito. Você não merece desculpa, nem perdão, nem espaço.

A ex-BBB segurou as lágrimas ao refletir sobre como precisa muito que sua carreira como pessoa pública é atrapalhada pelo preconceito que enfrenta. "O racismo eu já esperava. A xeonofobia foi novo. E isso reflete muito na minha vida. Porque eu preciso fazer dar certo. Tem uma galera que precisa que tudo isso dê certo."

E você se questiona: 'Se eu me policiasse mais?', 'Se eu não falasse de tal forma?'. Me questionar sobre minhas próprios origens é muito difícil. Eu sinto que não é por mal, é por curiosidade. Mas a sua curiosidade tem um tom de xenofobia. E como eu explico para você que isso não é natural. O que você faz comigo e a forma como você faz eu me sentir.

Por fim, ela comentou sobre a força que precisa para enfrentar o que ela sente com a distância de quem realmente entenderia o que ela vive. "Vocês podem ter a maior empatia do mundo, mas quem realmente me entende tá em Maceió."

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