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Xavequeiro? Novo ChatGPT consegue flertar com você e resolver equações

NurPhoto/NurPhoto via Getty Images
Imagem: NurPhoto/NurPhoto via Getty Images
do UOL

De Tilt*, em São Paulo

15/05/2024 04h00Atualizada em 15/05/2024 08h41

A OpenAI, criadora do ChatGPT, apresentou nesta segunda (13) seu novo modelo de inteligência artificial generativa, chamado GPT-4o.

Prevista para ser liberada nas próximas semanas e de forma gratuita, a nova versão consegue entender imagens (para resolver uma equação, por exemplo), comunicar-se em tom de flerte com quem lhe dá ordens e até realizar tradução simultânea entre pessoas que não falam uma língua em comum.

A apresentação mostrou o ChatGPT podendo receber comandos de texto, usando a câmera do telefone para visualizar ou interpretar problemas e falando de uma forma natural, podendo até "flertar" e ser "irônica".

"Há transcrição, inteligência e capacidade de falar reunidas para atribuir o modo vocal", resumiu Mira Murati, diretora de tecnologia da OpenAI, que mostrou com dois colegas como os usuários podem interagir com o ChatGPT.

"Quais tipos de emoções você acha que estou sentindo?", perguntou um dos engenheiros da OpenAI para o chatbot, durante demonstração.

"Você parece feliz e disposto, está com um sorriso grande e com um toque de animação. Não sei o que está acontecendo com você, mas parece que você está com um humor ótimo. Você quer me falar por que você está tão bem assim?", respondeu o ChatGPT.

Ainda que tenham citado "sentimento", o ChatGPT em si não é capaz de fazer esse tipo de inferência, pois é algo que nenhum computador consegue fazer com precisão.

Na parte de matemática, um dos engenheiros mostrou na câmera do celular uma equação e pediu para o ChatGPT ensinar a resolvê-la, mas por meio de perguntas para chegar até a resposta.

Na parte de idiomas, foi requisitado que o chatbot agisse como um tradutor simultâneo entre uma pessoa que fala inglês e outra que fala espanhol.

O novo modelo, o GPT-4o, será implantado em produtos da OpenAI nas próximas semanas.

A apresentação da empresa, que lançou a revolução da inteligência artificial generativa foi muito aguardada, enquanto os gigantes tecnológicos multiplicam os anúncios de novas ferramentas de IA, cada vez mais poderosas e personalizadas.

Corrida pela IA

Esta nova versão do programa da OpenAI chega um dia antes da também aguardada apresentação do Google sobre o Gemini, que concorre com o ChatGPT.

A corrida por modelos de IA levou a Microsoft (principal investidora da OpenAI) a se tornar a maior empresa do mundo em capitalização de mercado, retirando da Apple o primeiro lugar.

OpenAI e Microsoft competem com Google pela posição de líder do setor, embora a Meta (controladora do Facebook) e a Anthropic (com investimento da Amazon) também estejam na briga.

Todas as empresas da área estão tentando descobrir como cobrir os custos exorbitantes da IA generativa, muitos dos quais vão para a gigante americana de chips e semicondutores Nvidia.

Até agora, as versões gratuitas disponíveis eram aquelas com menos recursos dos programas OpenAI ou Google, e há dúvidas se o público em geral está disposto a pagar para continuar tendo acesso.

Os criadores dessas ferramentas também enfrentam uma pressão cada vez maior de autores e criadores, que passaram a exigir contribuições para a utilização de seu conteúdo no treinamento de seus modelos de IA, o que também tende a encarecer a tecnologia.

A OpenAI assinou acordos de conteúdo com Associated Press, Financial Times e Axel Springer, mas também está envolvida em um processo judicial com o jornal The New York Times. A empresa também enfrenta diversas ações legais de artistas, músicos e autores nos Estados Unidos.

*Com informações da AFP

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