É dia de feira! Saiba a especialidade e curiosidades de feiras de SP

A música do Rappa já falava que não importa a feira. Lá é o local que vai ter sempre pastel, fruta diferente e madura para provar, legumes e verduras frescos, além de um monte de outras coisas úteis e divertidas. Um dos métodos mais antigos de comércio do mundo, as feiras livres se tornaram um patrimônio do estilo de vida do paulistano. O caldo de cana com pastel disputa nariz a nariz o lugar de comidinha favorita da cidade com o pão na chapa e pingado de padaria (na dúvida, fique com os dois, ninguém precisa escolher).
Embora sempre tenham existido de alguma forma, foi em 1914 que um decreto regulamentou as feiras livres (também conhecidas como mercados francos ou mercados de rua) na cidade. A proposta era desonerar os comerciantes de impostos e baratear os custos dos gêneros de primeira necessidade à população, já que o país vivia um cenário econômico bem complicado. Daí o nome livre, por ser um comércio oficialmente isento de taxas. E absolutamente tudo de tudo era encontrado na feira, de produtos de limpeza a roupas, passando por todo tipo de alimentos.
Ao longo do tempo, com o surgimento dos mercados, supermercados e sacolões, a feira foi perdendo alguns itens e fregueses, mas ainda hoje é permitido que se comercialize nas ruas qualquer produto legalizado. De alguns anos para cá as feiras livres recuperaram o fôlego e são mais do que um local para abastecer a casa. São ambientes em que se convive com os feirantes, muitas vezes eles mesmos os produtores dos alimentos, onde há troca de receitas, se provam sabores, se negocia e se entra em contato com a cidade e a vizinhança de um jeito cada vez mais raro: cara a cara (afinal, no supermercado você não compra salgadinhos a granel, não pergunta a ninguém se o peixe está fresquinho ou se a laranja está bem doce).
As melhores, maiores e mais diversas feiras da cidade acontecem aos fins de semana, principalmente aos domingos. Selecionamos algumas tradicionais, com peculiaridades que valem a pena ser conhecidas. Pegue sua panela que precisa de conserto, prepare seu carrinho e boas compras!
Feira do Bosque -- a gigante e com muitos produtos orientais
Vai lá:
Rua Carneiro da Cunha, s/n, Bosque da Saúde, São Paulo.
Domingo.
Feira Sumaré Moderna e Pacaembu -- a silenciosa que faz delivery
Vai lá:
Praça Charles Muller, s/n, Pacaembu, São Paulo.
Terça, quinta, sexta e sábado.
Feira Maria Carlota -- a das ervas e medicamentos
Essa feira chama atenção por ter uma boa variedade de barracas que vendem ervas medicinais para chás e banhos, além de produtos de beleza e remédios caseiros para males diversos. Um bom tanto da sabedoria popular está no uso das plantas e de suas substâncias ativas, e isso se perdeu com o tempo, mas vem sendo retomado com a onda da "vida mais natural" que muitos jovens estão adotando.
Vai lá:
Rua Nilza, s/n, Vila Esperança, São Paulo.
Domingo.
Feira Moraes Barros -- a mais antiga da cidade ainda ativa
A primeira feira oficial da cidade de São Paulo acontecia no Largo do Arouche, mas foi extinta e deu espaço apenas para as barracas de flores, que colorem o local. Hoje, a feira mais antiga da cidade está no Brás, há poucos metros da estação Bresser Mooca, em três quarteirões. A Zona Leste é a que mais tem feiras livres na cidade e quem visitar essa pode aproveitar para comprar panos de prato, de chão e aventais nas inúmeras lojas de tecidos e afins da região.
Vai lá:
Rua Firmiano Pinto, s/n, Brás, São Paulo.
Terça.
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