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Globo só finge que o público tem o poder de decidir punições aos brothers

As opções da segunda pergunta do Big Boss do "BBB19" - Reprodução/TvGlobo
As opções da segunda pergunta do Big Boss do "BBB19" Imagem: Reprodução/TvGlobo
do UOL

Colunista do UOL

18/02/2019 10h35

Em uma edição marcada por muitos problemas, nem mesmo a volta da interação com o público, por meio do Big Boss, está funcionando direito no "BBB19".

Desde a estreia, Tiago Leifert já ofereceu ao espectador a chance de tomar decisões sobre os rumos do reality em cinco ocasiões. Mas apenas na primeira vez, de fato, o fã de "BBB" decidiu alguma coisa. 

Foi na segunda semana e a pergunta era: "Quem deve perder 500 estalecas?" Havia duas opções de respostas: a) O primeiro a tomar banho; ou b) o primeiro a sentar no balanço suspenso. O público escolheu a segunda opção e o "brother" punido foi Gustavo.

A partir da terceira semana, todas as perguntas feitas ao público tiveram o caráter referendário. Ou seja, coube ao espectador apenas dizer "sim" ou "não" aos desejos da direção do programa. 

"Você quer uma Prova da Comida no domingo, colocando metade da casa no Tá com Nada?" Sim ou Não?

"Você quer que os brothers fiquem sem academia por uma semana?" Sim ou Não?

"Você quer votação aberta domingo?" Sim ou Não?

"Você quer que os brothers fiquem algemados por quatro dias?" Sim ou Não?

As perguntas refletem a irritação da direção do programa com a apatia dos participantes. Tudo bem. É preciso tomar iniciativas para colocá-los em situações difíceis e incômodas. Mas não é correto dizer que o público é que está decidindo. Da forma como estas perguntas são feitas, neste momento do jogo, é claro que a resposta sempre será "sim". 

Desta forma, quando Leifert diz que "o público decidiu", na verdade, ele está dizendo que o público "concordou" com a proposta da direção de castigar os participantes. Interação é outra coisa. 

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