Com a palavra, o taxista: Motoristas contam histórias doidas do trânsito
Criticar taxistas em grandes metrópoles é um clássico. Quem nunca ouviu (ou fez) alguma reclamação não passou tempo suficiente na cidade. Essa hora sempre chega! Mas você já parou para pensar no tanto de perrengues que esses guerreirinhos do volante enfrentam diariamente?
Escutamos motoristas de táxis e aplicativos de transporte para saber quais foram as situações mais tétricas que já presenciaram -- e não é para qualquer um!
Pra onde eu vou?
"Uma vez, peguei uma passageira que não sabia para onde ia, literalmente. Ela queria visitar a irmã mas não lembrava o nome de rua, nem numeração de casa, nada. Só sabia pontos de referência, então fomos seguindo os pontos de referência que ela ia lembrando -- durante uns 6 quilômetros. Não foi nada fácil, mas chegamos".
L.C., 23 anos, Macapá - AP
Torta de climão
"As corridas compartilhadas por passageiros têm situações engraçadas. Uma vez, entrou um casal. Logo depois, entrou um cara. A mulher perguntou: 'Fábio?' E aí começaram a conversar. Senti um clima estranho e o Fábio desceu primeiro. Quando ele saiu, o namorado dela perguntou quem era o Fábio. Ela disse: 'meu ex'. Silêncio até o fim da corrida."
A.H., 32 anos, Rio de Janeiro - RJ
Deu PT
"Já tive uma passageira que foi dormindo no meu ombro de tão bêbada. Um amigo havia pedido a corrida para ela e disse que ia ficar com o carro dela porque ela estava sem condições de dirigir. E tava mesmo!"
H.U, 28 anos, São Paulo - SP
"Amei!"
"Duro mesmo foi quando uma velhinha achou que, para avaliar bem o motorista, era só clicar em uma estrelinha. Aí ela falou 'gostei muito de você' e foi mostrar a avaliação com uma estrela. Quase chorei"
H.G.N., 20 anos, Goiânia - GO
100% Vidaloka
"Já me passei por namorada de um rapaz em um local, porque, quando ele chegou, viu a ex de longe com outro. Então ele me pagou a mais para descer do carro e ser sua 'namorada' -- mas sem direito a contato físico. Mas a pior foi essa semana: algum passageiro deixou uma tartaruga pintada de esmalte no porta malas do meu carro, sendo que tem dois dias que eu não rodo. Como ninguém veio atrás, vou adotá-la. Deve ter fugido de alguma caixa, porque ela anda muito rápido, nem parece tartaruga!"
A.C., 27 anos, Belém do Pará - PA
Ivete destruidora de lares?
Aos sábados, sempre vejo brigas de casais no carro e não entendo essa coincidência. Uma dessas vezes, a briga foi por causa da Ivete Sangalo. Os dois rapazes tinham saído de um show e um deles estava completamente apaixonado por ela. Claramente o outro rapaz ficou com ciúmes e, no meio da discussão, tive que intervir para tentar amenizar o problema dizendo que eu também era apaixonado pela Ivete e minha esposa sabia disso. A discussão diminuiu até que o moço apaixonado disse que pela Ivete ele tentaria ser hétero. O que estava com ciúmes perguntou se o outro achava bonito uns 10 nomes de pessoas diferentes e o único nome que o outro disse que faria sexo era a Ivete. Era paixão profunda."
K.S., 41 anos, Brasília - DF
Festa no motel
"Já busquei passageiros em motéis. Na última vez, era uma moça que estava com outros casais numa festinha. Ela saiu primeiro e os outros ficaram. Só fiquei sabendo desses detalhes porque, para ela sair, teve uma pequena burocracia: quem ficou na suíte teria que liberar a saída dela. Acontece que a portaria ligava na suíte e ninguém atendia. Cheguei a desconfiar que ela tinha matado todos eles."
H.N., 28 anos, São Paulo - SP
Motorista de fraldas
"Dirijo em Toronto e, aqui, eles fecham as ruas para tudo quanto é evento da cidade. O centro vira um caos para os motoristas. Da última vez, esqueci que tinha uma corrida contra o câncer e fiquei preso com um passageiro por três horas no trânsito. Eu estava muito apertado para fazer xixi e ele não descia. Eu também não podia descer porque tinha uma viatura bem atrás de mim no engarrafamento. Fui ficando desesperado e lembrei que um passageiro esqueceu uma fralda novinha no carro, que eu estava guardando para devolver. Coloquei a fralda discretamente dentro da calça, joguei meu casaco por cima e fiz xixi. Acho que o passageiro realmente não notou nada porque me agradeceu demais e deixou uma boa gorjeta além de um comentário me elogiando"
F.V., 27 anos, Toronto (Canadá)
Nem tudo é diversão
"A passageira entrou no carro chorando. Perguntei se estava tudo bem e ela me disse que estava indo na casa de uma amiga porque seu vizinho era um stalker e ela estava morrendo de medo. Disse que ele começou a perseguição a seguindo no Instagram e comentando nas fotos. Depois de um tempo, começou a mandar mensagens falando coisas do tipo 'você é muito gostosa'. Ela bloqueou o cara, mas ele criou outra conta. Daí, a moça deletou o Instagram porque parece que o vizinho também ia atrás dela dentro do prédio. A síndica só aconselhou que ela ficasse longe do moço porque 'ele tinha problema, coitado'. Ela contou para o namorado, mas ele disse que a culpa era dela. Ai piorou tudo, né? Deixei a moça na casa da amiga e recomendei que ela procurasse uma Delegacia da Mulher."
G.G., 29 anos, Londrina - PR