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OPINIÃO

Amanda Klein: Bolsa na máxima histórica e dólar em queda

Colaboração para o UOL, em São Paulo

14/05/2025 10h42

A Bollsa de Valores brasileira atingiu sua máxima histórica, e o dólar alcançou o menor nível em sete meses, afirmou a apresentadora Amanda Klein na edição do Mercado Aberto de hoje no Canal UOL.

O mercado brasileiro teve ontem uma sessão de rally com um dia de atraso. A bolsa brasileira atingiu a máxima histórica, superou 139 mil pontos, depois voltou um tiquinho, e o dólar testou o piso dos R$5,60, o menor nível em sete meses.

O alívio não veio exatamente do acordo entre Estados Unidos e China para reduzir tarifas, embora isso, claro, tenha ajudado a desanuviar o ambiente. Mas sim de duas sinalizações, uma de dentro, outra de fora.

A doméstica foi a indicação de que o Copom terminou o seu ciclo de aberto monetário e a externa, o CPI, a inflação ao consumidor americano abaixo do previsto, o que abriu uma frestinha bem pequena, caso a inflação se mantenha nesse nível para o Fed reduzir juros.
Amanda Klein

Amanda Klein falou sobre os resultados desse novo movimento na economia, ressaltando os benefícios para o Brasil, com a valorização do real, e destacou que a instabilidade mundial criada por Donald Trump ainda está longe de terminar.

O resultado foi o redirecionamento do fluxo financeiro para outros mercados. O vetor nesse caso foi a bolsa, e se tem mais dinheiro entrando no país, o real se valoriza. Mas, não se engane, o ambiente continua extremamente volátil.

Ian Bremmer, CEO da consultoria Eurasia, disse ontem, em evento na Brazil Week em Nova York, que a instabilidade criada por Trump está longe de terminar. As disfunções para o comércio global e cadeias de fornecimento são estruturais e podem durar de 2 a 4 anos nas contas da Eurásia.

Já Larry Fink, CEO da BlackRock, em evento na Arábia Saudita, aliás, onde está Trump neste momento, acrescentou que haverá volatilidade nos mercados até que se tenha maior certeza sobre qual é esse novo equilíbrio.

E também José Alfaz, economista chefe da Rio Bravo Investimentos, que me disse que parte do que Trump fez é um dano irreversível à credibilidade dos Estados Unidos. Leva outros países a investir em relações e acordos bilaterais, como, aliás, o Brasil está fazendo com a China, e Xi Jinping também faz com outros países do sudeste asiático.
Amanda Klein

Para a apresentadora, neste cenário tudo indica que os países emergentes devem ganhar mais destaque, e no Brasil, a alta dos juros pode ser interrompida pelo Copom.

Nesse cenário de menos protagonismo americano, os emergentes devem se destacar. O dólar pode perder um pouco da sua hegemonia, segundo o Alfaz, em um mundo mais fragmentado.

No Brasil, a incerteza externa, ao que tudo indica, levará o Copom a interromper a alta dos juros, como apontou a alta ontem. Parte do mercado espera por uma pausa com taxas elevadas por mais tempo, que é o 'higher for longer', e outra acha que ainda há espaço para uma dose adicional, assim de 0,25% em junho.
Amanda Klein

O Mercado Aberto vai ao ar de segunda a sexta-feira no UOL às 8h, com apresentação de Amanda Klein, antecipando os principais movimentos do mercado financeiro.

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Veja a íntegra do programa:

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