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Microsoft faz demissão em massa em nova reestruturação; brasileiros são afetados

Logotipo da Microsoft em escritório da empresa próximo a Paris, na França - Gonzalo Fuentes/Reuters
Logotipo da Microsoft em escritório da empresa próximo a Paris, na França Imagem: Gonzalo Fuentes/Reuters

São Paulo, 13

13/05/2025 19h57Atualizada em 14/05/2025 15h31

A Microsoft iniciou nesta terça-feira uma nova rodada de demissões que deve atingir cerca de 6.000 funcionários em todo o mundo, o equivalente a aproximadamente 3% de sua força de trabalho.

A companhia, que empregava cerca de 228 mil pessoas em junho de 2023, afirmou que as demissões atingirão todas as regiões e níveis hierárquicos, incluindo unidades como o LinkedIn e a divisão de jogos Xbox. Entre os demitidos, há brasileiros, mas não é possível saber o número de afetados no País.

Procurada pelo Estadão, a companhia disse: "Continuamos implementando as mudanças organizacionais necessárias para melhor posicionar a empresa para o sucesso em um mercado dinâmico".

No estado de Washington, EUA, sede da Microsoft, a empresa comunicou à agência estadual de emprego que 1.985 funcionários serão afetados, sendo 1.510 deles em escritórios da companhia. É o maior corte desde janeiro de 2023, quando 10 mil postos foram eliminados durante um movimento amplo de ajuste no setor de tecnologia.

Pete Wootton, porta-voz da companhia, disse ao site The Verge que os cortes não têm relação com o desempenho individual dos funcionários.

As demissões ocorrem mesmo após a Microsoft divulgar, no fim de abril, resultados financeiros robustos. A empresa registrou lucro líquido trimestral de US$ 25,8 bilhões e forneceu previsões otimistas para o futuro.

Durante conferência com acionistas, a diretora financeira da empresa, Amy Hood, já havia sinalizado a intenção de enxugar a estrutura de liderança. "Estamos focados em construir equipes de alto desempenho e aumentar nossa agilidade, reduzindo os níveis com menos gerentes", disse.

A reestruturação também acompanha mudanças recentes no perfil de atuação da empresa. A Microsoft investiu US$ 80 bilhões no último ano fiscal em infraestrutura para suportar suas tecnologias de inteligência artificial (IA), que já começaram a transformar áreas internas, inclusive com geração automatizada de código, segundo o CEO Satya Nadella. O comandante da companhia afirmou recentemente que 30% dos códigos da empresa foram criados por IA.

Além das demissões gerais, a companhia já havia promovido cortes em outras frentes nos últimos meses. Em janeiro, centenas de trabalhadores foram desligados em ações baseadas em desempenho. Em maio, a Microsoft fechou estúdios de jogos como Tango Gameworks e Arkane Austin, afetando mais de 1.900 pessoas.

Em setembro, outros 650 funcionários da divisão Xbox foram dispensados em consequência da reestruturação após a aquisição da Activision Blizzard. Cortes também atingiram as equipes do Azure e do HoloLens no primeiro semestre deste ano, eliminando cerca de mil cargos.

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