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Isenção do Imposto de Renda deveria ser aprovada em 15 dias, brinca Haddad

Alexandre Novais Garcia

Do UOL, em São Paulo (SP)

12/05/2025 09h34

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o projeto que prevê isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês é tão bom que "deveria ser aprovado em 15 dias" pelo Congresso Nacional.

O que aconteceu

Haddad defendeu a reforma do IR apresentada pela equipe econômica. Para o ministro, o tema deve ser tratado como prioridade por garantir a isenção a 15 milhões de brasileiros a partir da cobrança de 141 mil super ricos. "São 15 milhões de um lado e 141 mil de outro", disse em entrevista ao Canal UOL.

É a primeira vez que um governo muito progressista apresenta uma proposta para fazer o mínimo de justiça e tem gente reclamando. Essa proposta tinha que ser aprovada em 15 dias.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Mais ricos 'escapam' do Imposto de Renda, diz Haddad. Na avaliação do ministro, a reforma proposta vai resultar na correção da tabela defasada contra nos últimos 30 anos e que pesa contra o trabalhador assalariado. "Nós já conseguimos taxar os fundos fechados, que eram aqueles fundos familiares que ninguém botava a mão", afirmou.

Ele afirmou que Bolsonaro desistiu da proposta. Ao recordar a promessa do ex-presidente de isentar o Imposto de Renda sobre quem recebe até R$ 5 mil, Haddad disse que Bolsonaro "desistiu" devido ao impacto para a recomposição. "[A isenção] Ficou dois, três anos com o Marcos Cintra, como secretário da Receita, e o Guedes defendendo a volta da CPMF com outro nome. um imposto digital, sobre pagamentos", disse Haddad.

O governo quem aprovar no Congresso a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Para compensar a perda de cerca de R$ 30 bilhões na arrecadação, o governo quer cobrar mais IR de quem ganha R$ 1 milhão por ano. Hoje, esse público não paga nem 10% de imposto de renda, diz o governo.

Quem é Fernando Haddad

Haddad, 62, assumiu a Fazenda em janeiro de 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse em seu terceiro mandato. Filiado ao PT desde os anos 1980, Haddad é considerado um dos principais candidatos a suceder Lula e comanda uma pasta cujas ações têm efeito rápido e palpável na vida do brasileiro.

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