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OPINIÃO

Amanda Klein: Lula na China mostra que Brasil se volta para o Oriente

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/05/2025 16h43

Em viagem a China para uma série de reuniões e negociações, o presidente Lula mostra que o Brasil, pelo menos neste governo, volta os olhos totalmente ao Oriente, analisou a apresentadora Amanda Klein em comentário no Mercado Aberto de hoje.

Uma série de acordos será anunciada formalmente na terça-feira. Nesta nova ordem global em construção, nossos olhos, pelo menos neste governo, estão voltados para o oriente.

Enquanto o mundo olha para a Suíça com o anúncio dessa desescalada comercial entre China e Estados Unidos, um anúncio de redução mútua das tarifas por 90 dias, uma pausa assim como para o resto do mundo, Lula está na China para a terceira reunião com Xi Jinping em pouco mais de dois anos.

Na agenda, uma ampla gama de interesses que perpassam negociações comerciais, empresariais e a defesa do multilateralismo. A China virou porta-voz do livre comércio depois que os Estados Unidos abriram mão do protagonismo na ordem mundial que eles fundaram na pós-segunda guerra.
Amanda Klein

A apresentadora do UOL ressaltou a aproximação de Lula com países como Rússia e China, que se opõe aos Estados Unidos.

Brasil e China são vozes influentes, muitas vezes convergentes, em diversos fóruns internacionais. Por mais que fontes do Itamaraty insistam que é do interesse do Brasil ter a melhor relação possível com os chineses e americanos, atos falam mais do que palavras.

E as últimas ações do presidente Lula deixam claro sua aproximação com países como Rússia e China, que representam o arco de influência em oposição aos Estados Unidos.

Lula fez duras críticas ao governo americano. Frente a frente com Putin, Lula disse que as últimas decisões anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos de taxação do comércio jogam por terra muitas vezes o respeito à soberania dos países que temos que ter.
Amanda Klein

Amanda concluiu explicando a nova relação que se cria entre Brasil e China, dizendo que este cenário de guerra tarifária contribui na relação comercial entre os dois países.

Na China, além da reunião bilateral com Xi Jinping, Lula também participa do fórum Celac-China, que é a comunidade de estados latinos e caribenhos. A China é o principal parceiro comercial da maioria dos países da América Latina e Caribe, além de um importante investidor.

O país asiático se ocupou e ocupou a região que os Estados Unidos ignoram há décadas. A agenda que promove o sul global é um dos pontos centrais do discurso de política externa de Lula. E o novo cenário de guerra tarifária contribui para jogar o Brasil no colo da China.

Além da expectativa de ampliar o comércio com a China na área agrícola, agora que os Estados Unidos se afastaram um pouco do jogo, estão momentaneamente fora, há também interesse em aumentar os investimentos chineses no Brasil, na indústria, ciência e tecnologia, infraestrutura e tecnologia.
Amanda Klein

O Mercado Aberto vai ao ar de segunda a sexta-feira no UOL às 8h, com apresentação de Amanda Klein, antecipando os principais movimentos do mercado financeiro.

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