Santander supera previsões e tem alta de 28% no lucro no 1º trimestre

O Santander Brasil abriu a programação de balanços de bancos e divulgou hoje lucro líquido de R$ 3,86 bilhões para o primeiro trimestre, crescimento de 27,8% sobre o desempenho de um ano antes e ligeiramente acima das expectativas de mercado. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, a variação foi positiva em 0,2%.
Entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período deste ano, o banco observou um crescimento nas receitas com crédito e com serviços que compensou a queda dos resultados com operações de mercado e o aumento nas provisões contra a inadimplência.
"O resultado do primeiro trimestre de 2025 reflete nosso foco na execução da estratégia construída ao longo dos últimos anos, voltada para uma operação cada vez mais diversificada, resiliente e rentável", disse o presidente do banco, Mario Leão, em mensagem que acompanha os resultados.
A rentabilidade sobre o patrimônio cresceu 3,3 pontos, para 17,4%. E enquanto a carteira de crédito cresceu 4,3%, para R$ 682,3 milhões, a inadimplência, um ponto de atenção no mercado há vários trimestres diante da alta dos juros e casos de pedidos de recuperação judicial e extrajudicial de algumas grandes empresas, ficou praticamente estável em 3,3%.
Porém, o indicador de inadimplência futura, que mostra operações de crédito vencidas entre 15 e 90 dias, subiu de 3,8% para 4,1%, ficando acima inclusive dos 3,7% do final de 2024.
No período, o Santander fez uma provisão de crédito de R$ 7 bilhões, expansão de 3,6% sobre um ano antes.
O banco encerrou o primeiro trimestre com uma margem financeira bruta de R$ 15,9 bilhões, alta de 7,7% sobre um ano antes. O indicador que mede a diferença entre as receitas que um banco obtém com serviços como aplicações e empréstimos e suas despesas financeiras, avançou 9,5% quando medido em relação aos clientes, enquanto as comissões subiram 5,1%, para R$ 5,1 bilhões.
Nas margens com clientes, o resultado foi de R$ 15,825 bilhões, crescimento de 9,5% no comparativo anual, e de 0,3% em três meses. A maior parte da margem veio de produtos, que responderam por R$ 15,108 bilhões. O restante veio de resultados com o capital de giro do banco.
A margem com mercado do Santander gerou ganho de R$ 97 milhões, resultado 70,9% menor que a de um ano antes diante do impacto negativo da alta dos juros sobre o balanço do banco.
*Com Reuters e Agência Estado