Agrishow 2025 apresenta soluções para lidar com a mudança climática

A Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, colocou no centro das discussões de sua edição 2025 um tema urgente: a adaptação às mudanças climáticas. O evento vai até 2 de maio em Ribeirão Preto (SP).
Soluções para a crise
As palestras e os lançamentos de produtos e serviços na feira têm privilegiado soluções para prevenir e reparar os danos causados pela crise climática. Estão sendo apresentadas inovações para gestão hídrica, resistência à seca, monitoramento ambiental, análise de dados agrícolas e redução de desperdício.
Os debates vêm deixando claro que o negócio brasileiro não trata mais as mudanças climáticas como uma ameaça distante, mas como um fator estrutural que exige investimento contínuo em eficiência. Se em edições anteriores o foco era produtividade, nesta a palavra-chave é resiliência.
As startups contam com um espaço especial para falar de suas invenções, o Agrishow Labs. Neste ano, além de funcionar como um ponto de encontro para networking e fomento de negócios, o Agrishow Labs também tem uma programação de painéis e workshops.
Estamos vendo a tecnologia deixar de ser uma promessa e se tornar ferramenta concreta contra os extremos do clima.
Maurílio Biagi, presidente de honra da Agrishow
A fabricante de sistemas de irrigação Valley, por exemplo, levou para a feira uma plataforma que usa dados meteorológicos e telemetria para otimizar a distribuição de água. Segundo a empresa, com essas ferramentas, é possível eliminar falhas humanas e fornecer recomendações de irrigação em tempo real.
A estimativa de economia pode chegar a 30% na conta de energia, com redução de até 20% no excesso de aplicação de água.
Kaio Kauê Marteli Marques, especialista em marketing de produto da Valmont, dona da Valley
A multinacional alemã Agroallianz levou um regulador térmico para plantações de cana-de-açúcar. A promessa é estimular o crescimento de plantas com maior brotação e resistência à seca.
Estimamos colher de 8 a 10 toneladas a mais por hectare.
Bruno Francischelli, diretor de proteção biológica e performance de culturas da Agroallianz para as Américas