Topo
Notícias

Mercado financeiro reduz previsão da inflação de 2025 para 5,55%

Roberto Gardinalli/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Roberto Gardinalli/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo (SP)

28/04/2025 08h33

Após a prévia da inflação apontar para uma alta menor dos preços em abril, os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC (Banco Central) reduziram novamente as projeções para a inflação de 2025.

Como deve ser a inflação

Mercado prevê inflação em 5,55% ao final deste ano. A variação estimada para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mantém a recente trajetória de queda das expectativas. Há uma semana, os analistas projetavam inflação de 5,57% em 2025. Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 5,65%.

Previsão mantém a inflação acima do teto da meta. Apesar das perspectivas de variação menor dos preços, o intervalo permanece acima do limite estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que coloca a meta do IPCA em 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%.

Diretores do BC preveem estouro do limite da meta em junho. Diante das alterações no modelo, o furo ocorre sempre que o IPCA superar o teto por seis meses consecutivos. Com a nova sistemática, o Copom (Comitê de Política Monetária) admite que vai precisar justificar o descumprimento da meta ao final deste primeiro semestre.

IPCA estimado para este mês de abril é de 0,44%. Se confirmado, o percentual confirmará a perda de força do índice oficial de preços, em relação à variação de 0,56% apurada em março. Mesmo com a desaceleração, o resultado acumulado em 12 meses subirá de 5,48% para 5,54%.

Projeção para a inflação de 2026 subiu para 4,51%. Segundo os analistas, as previsões para o IPCA do próximo ano avançaram 0,01 ponto percentual. Para 2027, a projeção permanece inalterada em 4%. Já para 2028, a estimativa recuou de 3,8% para 3,78%, mesma previsão de quatro semanas atrás.

Analistas veem dólar a R$ 5,90 ao final deste ano. A aposta é a mesma há três semanas e corresponde a uma elevação de R$ 0,30 em relação à cotação atual da moeda norte-americana ante o real. As projeções para 2026 (R$ 5,95) e 2027 (R$ 5,86) foram reduzidas.

Notícias