Dólar recua pelo 4º dia, a R$ 5,71; Bolsa atinge maior patamar desde 27/03

O dólar engatou a quarta desvalorização consecutiva ante o real. Com a queda de 0,16%, a moeda norte-americana é comercializada por R$ 5,718. Já a Bolsa fechou em alta pela terceira sessão seguida, atingindo o maior patamar desde 27 de março.
O que aconteceu
Dólar comercial mantém trajetória das últimas sessões. A cotação da moeda norte-americana recuou desde os primeiros negócios do dia. Ao longo da sessão, a divisa chegou a ser negociada por menos de R$ 5,70 pela primeira vez desde o dia 4 de abril, mas ganhou força e furou barreira para cima a partir do meio da tarde.
Divisa registra queda de 2,93% nos últimos três pregões. Com o recuo de R$ 0,17 ante o real desde a terça-feira da semana passada, a cotação do dólar passou de R$ 5,891 para R$ 5,718.
Ontem, a moeda dos Estados Unidos recuou 1,32%. A baixa da cotação ante o real foi ocasionada pela ampliação dos conflitos em meio a rumores de que o presidente dos EUA, Donald Trump, estudava demitir o presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell.
Cotação para viajantes também fechou em baixa. O dólar turismo recuou pelo quarto pregão consecutivo. A baixa de 0,28% faz a moeda ser negociada por R$ 5,933.
Recuos de Trump acalmam o mercado financeiro. Após a amplificação dos desgastes com as críticas de Powell ao "tarifaço", o presidente dos EUA negou a possível demissão e reduziu as cobranças tarifárias contra a China, diminuindo as preocupações. "Trump, depois que o mercado se estressou, disse que as mídias exageraram e interpretaram tudo errado", conta Alison Correia, analista da Dom Investimentos.
Bolsa
Ibovespa tem nova alta expressiva. Após duas sessões consecutivas de alta, o principal índice acionário do Brasil mantém a trajetória e volta a figurar acima dos 132 mil pontos pela primeira vez desde 3 de abril.
O índice fechou em alta de 1,34%. Com a variação positiva, o Ibovespa atingiu 132.216,07 pontos, o maior patamar desde 27 de março. O volume financeiro do pregão superava R$ 18,1 bilhões.
Otimismo reflete passo atrás de Trump. "Quando ele [Trump] diz que não vai demitir o presidente do Fed e ainda sinaliza que pode aliviar nas tarifas contra a China, o mercado reage rapidamente", diz Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio. "Quando o barulho externo diminui, a confiança volta", complementa ele.
Na cena corporativa, o destaque ficou para JBS. O índice disparou, informa a Reuters, renovando máximas históricas, após obter aprovação do regulador norte-americano para dupla listagem de suas ações e convocar assembleia para votar o plano, que analistas avaliam ser capaz de destravar valor significativo para o papel.