Mercado reduz projeção de inflação e aposta em alta maior do PIB neste ano

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC (Banco Central) reduziram as projeções para a inflação de 2025, mostra o Relatório Focus divulgado hoje. As expectativas ainda apontam para um crescimento maior da economia brasileira neste ano.
Como deve ser a inflação
Mercado prevê inflação em 5,57% ao final deste ano. A variação estimada para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) corresponde a uma redução de 0,08 ponto percentual em relação à projeção divulgada há uma semana (5,65%).
Previsão mantém a inflação acima do teto da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o IPCA é de 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%.
Diretores do BC preveem estouro do limite da meta em junho. Diante das alterações no modelo, o furo ocorre sempre que o IPCA superar o teto por seis meses consecutivos. Para este ano, a meta é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
IPCA estimado para este mês de abril é de 0,44%. Se confirmado, o percentual resultará na perda de força do índice em relação à variação de 0,56% apurada em março. Ainda assim, o resultado acumulado em 12 meses subirá de 5,48% para 5,54%.
Estimativas foram mantidas para os próximos dois anos. Segundo os analistas, as previsões para a inflação permanecem inalteradas para 2026 (4,5%) e 2027 (4%). Já para 2028, a estimativa subiu de 3,79% para 3,8%.
Como deve ser o PIB
Expectativa de crescimento da economia aumentou. Pela segunda semana consecutiva, os analistas do mercado financeiro elevaram as projeções de avanço do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país.
Previsão estima avanço de 2% da economia neste ano. A expectativa é 0,02 ponto percentual superior à apresentada há uma semana (1,98%).
Estimativas para o próximo ano também subiram. Conforme as projeções do mercado financeiro, a economia crescerá, respectivamente, 1,7% em 2026. Já para 2027 e 2028, as expectativas seguem estáveis em 2% para ambos os períodos.