Fim do penny? Por que Trump quer acabar com moedas de 1 centavo nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que o Tesouro pare de produzir moedas de um centavo, chamando o processo de "desperdício".
O que aconteceu
Custo de produção é 3,7 vezes maior que seu valor, segundo Departamento de Eficiência Governamental. Um dos motivos é o aumento do custo dos metais, incluindo zinco e cobre, conforme a área do governo liderada por Elon Musk.
Por tempo demais, os Estados Unidos têm cunhado moedas de um centavo que literalmente nos custam mais de 2 centavos. Isso é um absurdo. Donald Trump em postagem na Truth Social
Moedas que carregam imagem de Abraham Lincoln custaram cerca de US$ 179 milhões aos contribuintes em 2023. Os dados também são do Departamento de Eficiência Governamental.
Também em 2023, a Casa da Moeda produziu mais de 4,5 bilhões de moedas de um centavo. Este número representa 40% das 11,4 bilhões de moedas colocadas em circulação no país.
Não é a primeira vez que tentam tirar os chamados "pennies" de circulação. Essa discussão vem de décadas e foi pauta de um artigo no jornal americano The New York Times, no ano passado. "A necessidade de abolir o centavo tem sido óbvia para aqueles no poder por tanto tempo que a incapacidade de fazer isso transformou a moeda em um símbolo de podridão mais profunda", diz um trecho do texto.
Brasil também parou de produzir
Moedas de 1 centavo de real não são mais produzidas no Brasil desde 2005. A medida executada no governo Lula teve a mesma premissa: alto custo de produção em comparação ao seu valor nominal, já que o valor gasto na cunhagem era nove vezes maior.
Baixa circulação também foi motivo para descontinuação. O uso da moeda caiu com o passar dos anos pela inflação, já que, para comprar algo com a moeda era preciso ter em mãos muitas unidades.
Outros países também aboliram suas moedas de pequenos valores. São eles: Argentina, Austrália, Canadá, Croácia, Dinamarca, Israel, Noruega e África do Sul.