Bolsa fecha em alta e dólar cai após Trump ameaçar taxar aço brasileiro

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou nesta segunda-feira (10) em alta. O Ibovespa subiu 0,76%, a 125.571,81 pontos. Os mercados emergentes reagiram hoje aos mais recentes planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em nova escalada das tensões no comércio global.
Desta vez, o alvo são as importações americanas de aço e alumínio, o que afeta diretamente o Brasil. Nesse cenário, o dólar comercial fechou em queda de 0,13%, a R$ 5,785. O dólar turismo também teve uma leve queda de 0,01%, a R$ 6,016.
O que está acontecendo
O presidente Donald Trump anunciou a jornalistas neste domingo (9) que vai elevar as tarifas para o aço e alumínio de todos os países. A decisão deve ser assinada nesta segunda-feira (10) e vai colocar uma taxa de 25% sobre os produtos.
O Brasil será um dos países mais afetados, com taxas que podem impactar US$ 6 bilhões em vendas, ao lado de Coreia do Sul, México e Canadá. O país exporta 48% de sua produção de aço e 16% da de alumínio para os Estados Unidos. Procurado, o Itamaraty indicou que não iria comentar por enquanto a declaração de Trump. "Caso Trump anuncie essas tarifas, elas têm potencial de prejudicar o crescimento econômico dos parceiros comerciais americanos e de resultar num impulso inflacionário, pelo menos no curto prazo, nos Estados Unidos", diz Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX,
No seu primeiro mandato, Trump impôs uma tarifa de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. No entanto, ele reverteu as tarifas de importação de aço no passado, negociando cotas de importação, especificando quantidades limitadas para compra dos produtos com o Brasil, o México e o Canadá.
Bolsa
Ibovespa fecha positivo. Com um volume de R$ 12,87 bilhões, a Bolsa fechou em alta com destaque para as ações da Automob (AMOB3), Cogna Educação (COGN3) e Vamos (VAMO3) que foram as que tiveram as maiores altas, 16%, 5,92% e 5,42%, respectivamente.
Setor de aviação sofre as maiores baixas. As maiores baixas foram da Azul (AZUL4) e da Embraer (EMBR3) com uma queda de, respectivamente, 3,17% e 2,13%.