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Focus: mercado financeiro eleva expectativas de inflação para 2025 e 2026

21.mar.2022 - Feira livre em Santo Amaro, zona sul de São Paulo; inflação, alimentos - Vinícius de Oliveira/UOL
21.mar.2022 - Feira livre em Santo Amaro, zona sul de São Paulo; inflação, alimentos Imagem: Vinícius de Oliveira/UOL

Alexandre Novais Garcia

Do UOL, em São Paulo (SP)

03/02/2025 08h40

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC (Banco Central) elevaram, pela 16ª semana consecutiva, a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2025, segundo atualização do Relatório Focus divulgada nesta segunda-feira (13) pelo BC (Banco Central). As expectativas apontam ainda para um avanço maior dos preços no próximo ano.

Como deve ser a inflação

Mercado prevê inflação em 5,51% ao final deste ano. A variação estimada corresponde à 16ª alta seguida das previsões para o IPCA. Há uma semana, a aposta era de alta do índice em 5,5%. Há quatro, a projeção sinalizava para uma alta de 4,99%.

Previsão mostra a inflação acima do teto da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o IPCA é de 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%. A partir deste ano, o BC precisa se justificar a cada furo da meta no acumulado em 12 meses por seis meses consecutivos.

Expectativas para 2026 também aumentaram. Para o próximo ano, as projeções apontam para alta de 4,28% do índice de preços, sexta elevação semanal consecutiva. As estimativas para 2027 seguem estável em 3,9%.

Projeções para o dólar permanecem estáveis. Os analistas observam que a cotação da moeda norte-americana deve encerrar este ano e o próximo em R$ 6. Já para 2027, a projeção é de R$ 5,93.

Como devem ficar os juros

Mercado mantém previsão para a taxa Selic para todos os anos. As expectativas mostram que a taxa básica de juros deve saltar 1,75 ponto percentual neste ano, dos atuais 13,25% ao ano para 15% ao ano, assim como nas últimas quatro semanas. As projeções para 2026 e 2027 projetam a taxa em 12,5% e 10,38%, respectivamente.

Taxa Selic é principal ferramenta de política monetária para conter a inflação. Com o avanço dos preços em meio ao aquecimento da economia, a elevação dos juros é utilizada como alternativa para limitar o consumo e, consequentemente, conter a alta do IPCA.

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