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Mercado prevê inflação maior e eleva expectativa de juros para 2026

Roberto Gardinalli/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Roberto Gardinalli/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/01/2025 08h45

Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) elevaram, pela 14ª semana consecutiva, a expectativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2025. Os dados divulgados pelo Relatório Focus desta segunda-feira (20) elevam também as expectativas para a inflação e os juros em 2026.

Como deve ser a inflação

Analistas projetam IPCA em 5,08% ao final deste ano. A variação estimada corresponde à 14ª alta seguida das previsões para o índice oficial de preços. Há uma semana, a aposta era de alta do índice em 5%. Há quatro, a projeção sinalizava para uma alta de 4,84%.

Expectativa mostra inflação acima do teto da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o IPCA é de 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%. A partir deste ano, o BC precisa justificar cada furo da meta no acumulado em 12 meses por seis meses consecutivos.

Projeções para 2026 e 2028 subiram novamente. Para o ano que vem, as expectativas apontam para alta de 4,1% do índice de preços, ante alta prevista de 4,05% há uma semana. Já para 2028, a variação esperada passou de 3,56% para 3,58%. A estimativa para 2027 segue estável em 3,9% há duas semanas.

Como devem ficar os juros

Mercado mantém previsão para a taxa Selic neste ano. As expectativas mostram que a taxa básica de juros deve saltar 2,75 ponto percentual neste ano, dos atuais 12,25% ao ano para 15% ao ano, assim como nas últimas duas semanas. As projeções para 2026, no entanto, subiram 0,25 ponto percentual, de 12% ao ano para 12,25% ao ano.

Copom (Comitê de Política Monetária) projeta Selic em 14,25% ao ano em março. Ao elevar a Selic em 1 ponto percentual, de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano, na última reunião, os diretores do BC sinalizaram para mais duas altas semelhantes dos juros nos dois primeiros encontros deste ano.

Taxa Selic é principal ferramenta de política monetária para conter a inflação. Com o avanço dos preços em meio ao aquecimento da economia, a elevação dos juros é utilizada como alternativa para limitar o consumo e, consequentemente, conter a alta do IPCA.

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