Imperatriz Leopoldinense sofre com problemas em alegorias durante desfile sobre Pará
Penúltima escola a desfilar na madrugada desta terça-feira (12) no Grupo Especial do Rio de Janeiro, a Imperatriz Leopoldinense colocou personalidades paraenses na Sapucaí para homenagear o estado do Pará. A agremiação enfrentou problemas com dois carros alegóricos, quando um deles foi amassado ainda na concentração e outro que foi acompanhado por bombeiros após sofrer com defeito no escapamento e soltar fumaça preta.
SAMBA DA IMPERATRIZ
Raiou Cuara! Oby aos olhos de quem vê! Eu bato o pé no chão, é minha saudação, Livre na pureza de viver! Sopra no caminho das águas O vento da ambição! O índio, então... Não se curvou diante a força da invasão, Da cobiça fez-se a guerra, Sangrando as riquezas dessa terra! Cicatrizou, deixou herança, E o que ficou está em cartaz... Na passarela, “estado” de amor e paz!
Siriá... Carimbó... Marujada eu dancei! Dom da criação, vem da natureza... Da juta trançada em meus versos Se faz poesia de rara beleza! Oh! Mãe... Senhora, sou teu romeiro, A ti declamo em oração: Oh! Mãe... Mesmo se um dia a força me faltar, A luz que emana desse teu olhar Vai me abençoar!No Norte a estrela que vai me guiar, Exemplo pro mundo: Pará! O talismã do meu país, A sorte da Imperatriz! |
O incidente com os carros alegóricos deve tirar pontos da escola na apuração. Alguns componentes das alegorias passaram mal por causa da fumaça e tiveram de ser retirados de maca logo após o fim do desfile.
Cahê Rodrigues, carnavalesco da escola que desfilou em São Paulo com a Vai-Vai, levou o passado e o presente do estado com referências às suas fortes tradições indígenas. Fafá de Belém, que desfilou no abre-alas, foi um dos destaques da escola: ela desceu do carro, subiu em uma moto, voltou à concentração e entrou novamente no encerramento do desfile, com outro figurino.
A bateria da escola, com fantasia inspirada na arte do estado, conquistou o público com suas diversas paradinhas, todas aplaudidas. Representando a riqueza do Pará, a rainha de bateria foi a atriz Cris Vianna, que neste ano teve a missão de substituir Luiza Brunet, que manteve um reinado de 17 anos à frente da escola. "Estou com o coração acelerado, mas não me sinto pressionada. Carnaval é uma grande festa e eu pretendo viver o hoje", disse ela, na concentração.
O abre-alas da escola mostrou mulheres montadas em cavalos de prata para representar a lenda das índias de Muiraquitã. A coreografia da comissão de frente e sua alegoria fizeram truques com flores que abriam e fechavam.
A cantora Gaby Amarantos --musa do tecnobrega e carinhosamente chamada pelos fãs de "Beyoncé do Pará"-- e a atriz Dira Paes também foram destaques da Imperatriz. Gaby saiu no sexto carro alegórico “Pará Tecnoshow”, que leva o nome da primeira banda da cantora, com bailarinos dançando o treme-treme, ritmo que virou febre no estado. O carro era inspirado nas pickups dos DJs de Belém.
Os atores Lúcio Mauro, Rosamaria Murtinho e a cantora Leila Pinheiro marcaram presença na quinta alegoria da Imperatriz, que representava o Theatro da Paz. Os cantores Joanna, Elymar Santos e Fafá de Belém estavam em frente ao sétimo carro da agremiação.