Dez fatos mostram que Boni tem tudo a ver com a trajetória da TV no Brasil
30/11/2018 08h00
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, completa 83 anos de vida nesta sexta-feira (30/11/2018). Relembre momentos da trajetória e entenda as razões para ele ser tão representativo na história da Rede Globo e da televisão brasileira.
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Imagem: Marcos Ribas/Brazil News Imagem: Marcos Ribas/Brazil News Estúdios e emissoras
Boni nasceu em Osasco (SP). Filho do músico Caçula, que tocava violão e cavaquinho na Rádio Cultura de São Paulo, e sobrinho de Hermínio, integrante do conjunto Quatro Ases e um Curinga, José Bonifácio cresceu frequentando estúdios de emissoras de rádio
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Primeiro estágio e começo na TV
Aos 15 anos, Boni se mudou para o Rio de Janeiro. Com a recomendação de um tio, conseguiu estágio como ajudante de Dias Gomes, diretor da Rádio Clube Brasil. Dois anos depois, a evolução já havia sido muito grande. Aos 17 anos, o redator aceitou o convite de trabalhar na Rádio Tupi, mas impôs sua condição: ter acesso ao trabalho na TV também. Justamente na televisão, ele exerceu diferentes funções, como produtor, diretor e redator sob o olhar atento dos diretores Dermeval Costalina e Cassiano Gabus Mendes
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Imagem: Divulgação/TV Globo Imagem: Divulgação/TV Globo Experiências
Em 1954, Boni foi trabalhar como assistente do diretor artístico da TV Paulista, Roberto Corte Real. No ano seguinte, foi nomeado chefe do Departamento de Rádio e Televisão de uma agência de publicidade. Ainda nesse período, ocupou o posto de diretor de propaganda da gravadora RGE, lançando discos de artistas renomados
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Imagem: Reprodução/Memória Globo Imagem: Reprodução/Memória Globo Na Globo
Em 1967, um Boni já experiente chega à emissora. Durante o longo período em que esteve à frente da Rede Globo, o profissional concebeu os programas, os horários e os formatos. Juntamente com Walter Clark, criou o formato básico de programação usado até hoje, o que inclui a grade do horário nobre formada por três novelas, o Jornal Nacional entre a segunda e a terceira e uma atração especial na sequência. "Tem sido mexida em alguns momentos, mas não pode ser muito alterada, é muito amada e não foi inventada do dia para a noite, amadureceu com o tempo. Esta cara da Globo que está aí apareceu na década de 1970. A grade é um processo para ter a fidelidade do telespectador, o que tem de mudar são os conteúdos. O problema da televisão não é formal nem de grade, mas o conteúdo", pontuou ele ao Meio & Mensagem. Na imagem, aparecem Cid Moreira e Hilton Gomes, a primeira dupla a apresentar o Jornal Nacional, que estreou em 1969
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Padrão de qualidade
Boni acabou responsável por cada área de programação da emissora. Além do jornalismo, ele direcionou o seu olhar para as novelas, trabalhou na grade do canal e ainda esteve diretamente envolvido na criação de vários programas, como, por exemplo, o Fantástico, em 1973. Aliás, em 1970, ele tornou-se o superintendente de Produção e Programação. Dez anos depois, assumiu, junto com Walter Clark, a vice-presidência de operações. Até hoje, podemos dizer que o padrão de qualidade, montado durante a Era Boni, se mantém. Se você pensa que parou por aí, vale dizer que o tão famoso Projac também foi idealização de José Bonifácio
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Novos rumos da teledramaturgia
"O fundamental das novelas era o conteúdo. Era aproximar da realidade e inserir temas atuais e brasileiros", afirmou Boni ao site Memória Globo. Foi justamente o profissional o grande responsável por promover mudanças significativas na área artística da emissora. Ele optou por apostar na dramaturgia mais realista e próxima ao público, retratando o cotidiano contemporâneo do país. Boni trouxe nomes como Daniel Filho, Dias Gomes e Janete Clair para a emissora
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Imagem: AgNews Imagem: AgNews Memorandos
Sem papas na língua, Boni não é de poupar ninguém, nem mesmo os próprios filhos, entre eles Boninho (foto), ou os netos - que segundo o profissional não são parentes. Ou seja, não é de se espantar que ele enviasse comunicados sinceros ao colegas e verdadeiros manuais de funcionamento da TV. De acordo com uma coluna de Flávio Ricco, publicada em 2016, ele era famoso por enviar memorandos, que descreviam e ensinavam desde o tom pastel usado nos cenários até os elementos de cena. Enviava, também, modos de comportamento para os narradores e comentaristas em transmissões esportivas
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Consultoria
Em 1997, o executivo foi substituído por Marluce Dias da Silva. Com isso, passou a atuar como consultor da emissora até 2001. Em 2011, lançou o "Livro do Boni", no qual repassa a sua trajetória e a da comunicação no país
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Era Boni
O termo é usado em referência ao período em que Boni ocupou a direção-geral da Rede Globo, mais precisamente entre os anos de 1967 a 1997
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Imagem: AgNews Imagem: AgNews TV Vanguarda
Em 2003, ele assumiu a supervisão de uma das afiliadas da Rede Globo tidas como modelo, a TV Vanguarda. Ele é sócio com os quatro filhos nesse empreendimento. Na imagem, ele aparece ao lado de Fernanda Pontes, Diogo Boni, a menina Maria Luíza e Bruno Boni