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Incêndios que deixaram 38 mortos na Argélia estão 'controlados', segundo Defesa Civil

19/08/2022 05h55

Os incêndios que atingiram áreas arborizadas e urbanas no nordeste da Argélia na quarta e quinta-feira, deixando 38 mortos, estão totalmente controlados, disse um funcionário da Defesa Civil à AFP nesta sexta-feira (19).

"Todos os incêndios estão totalmente sob controle", disse o coronel do corpo de bombeiros Farouk Achour, vice-diretor de informações e estatísticas da Defesa Civil. 

O número oficial de mortos provisório é de 37, dos quais 30 são vítimas - incluindo 11 crianças - de El Tarf, perto da fronteira com a Tunísia; outras cinco mortes foram registradas em Souk Ahras (leste) e duas em Setif (leste). Mas vários meios de comunicação relataram a morte de um homem de 72 anos em Guelma (leste), o que eleva o balanço para 38 mortos. 

Durante 48 horas, mais de 1.700 bombeiros lutaram para apagar mais de 20 incêndios florestais, que também deixaram cerca de 200 feridos, alguns deles com queimaduras graves. 

O ministério da Justiça abriu uma investigação para determinar se alguns dos incêndios tiveram origem criminosa. 

A Promotoria do Souk Ahras anunciou a prisão de um incendiário em uma floresta próxima a esta cidade de 500.000 habitantes. Mais de 350 famílias tiveram que ser retiradas da cidade e um hospital teve que ser evacuado. 

Além disso, três homens foram presos perto de El Tarf. Eles são acusados de incendiar plantações agrícolas de um morador, mas as autoridades não indicaram se eles podem ter iniciado os incêndios nos últimos dias. 

Todo ano, o norte da Argélia é afetado por incêndios florestais, fenômeno que se acentua sob o efeito das mudanças climáticas. Na quarta-feira, em cidades como El Tarf, Guelma ou Souk Ahras, as temperaturas chegaram a 48 ºC. 

Desde o início de agosto, cerca de 150 incêndios ocorreram na Argélia, destruindo centenas de hectares de floresta. O verão de 2021 foi até agora o mais mortal do país. Pelo menos 90 pessoas morreram no ano passado nos incêndios florestais que devastaram o norte do país, onde desapareceram mais de 100.000 hectares de floresta.

bur/fka/sbh/mis/meb/aa

© Agence France-Presse

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