Ex-líder de Mianmar e ganhadora do Nobel é condenada a mais 6 anos de prisão
De acordo com fontes ligadas ao caso, foram três anos de pena por ela ser declarada culpada de abuso de poder para alugar alguns terrenos abaixo do preço de mercado, e outros três por construir uma casa com doações que deveriam ser destinadas à obras de caridade na fundação que presidia, conforme veiculou o jornal "Myanmar Now".
A líder deposta, de 77 anos, foi julgada à portas fechadas por um tribunal controlado por militares que deram o golpe de Estado em Mianmar. A audiência aconteceu em Nay Pyi Taw, capital do país.
A pena de seis anos se soma a outros 11 de prisão a que Suu Kyi foi condenada. A ganhadora do Nobel está encarcerada desde a manhã de 1º de fevereiro de 2021, quando o general Min Aung Hlain tomou o poder.
Primeiro condenada a cinco anos de prisão por aceitar propina, a ex-líder recebeu uma segunda sentença condenatória de quatro anos, rebaixados a dois por um indulto parcial da junta militar, por violar leis da pandemia e incitação contra às autoridades.
Em janeiro deste ano, Suu Kyi foi condenada a quatro anos por criticar as medidas contra a propagação do novo coronavírus e por importação ilegal de dispositivos de telecomunicação.
A ex-conselheira de Estado, além disso, é julgada por, supostamente, violar a lei de segredos oficiais, em que pode ser sentenciada a 14 anos de prisão. Além disso, é acusada na justiça por fraude eleitoral nas eleições de novembro de 2020.
Os advogados de Suu Kyi - que foram proibidos pela junta militar de falar com a imprensa - classificaram as acusações contra a cliente de "fabricadas". EFE
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