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Venezuela é uma das sedes das Olimpíadas da Guerra, o Army Games

13/08/2022 12h20

Pela primeira vez, a Venezuela é uma das sedes do Army Games, competição criada em 2015 pelo Ministério de Defesa da Rússia. Também conhecida como as Olimpíadas da Guerra, devido ao caráter militar do evento, a competição começa neste sábado (13) e vai até o dia 27 de agosto. De acordo com analistas, ao sediar este evento a Venezuela demonstra estar apoiada por países militarizados, sancionados e contrários aos Estados Unidos.

Pela primeira vez, a Venezuela é uma das sedes do Army Games, competição criada em 2015 pelo Ministério de Defesa da Rússia. Também conhecida como as Olimpíadas da Guerra, devido ao caráter militar do evento, a competição começa neste sábado (13) e vai até o dia 27 de agosto. De acordo com analistas, ao sediar este evento a Venezuela demonstra estar apoiada por países militarizados, sancionados e contrários aos Estados Unidos.

Por Elianah Jorge, correspondente da RFI Brasil na Venezuela

Delegações da Rússia, Bielorrússia, Uzbequistão, Mianmar, Abicácia e da China estão em solo bolivariano para participar das disputas.

Esta é a maior edição do Army Games, que conta com a participação de 275 equipes que disputarão 36 modalidades. Além do país de Nicolás Maduro, outras onze nações estão sediando as práticas. Entre elas estão Irã, Azerbaijão, Argélia, Armênia, Vietnã e Índia.

Ao sediar as Olimpíadas da Guerra, o governo de Maduro reitera a mensagem de que continua estreitando vínculos com a Rússia, Irã e China, países antagônicos às políticas de Washington.  

As Olimpíadas da Guerra acontecem durante um momento geopolítico complexo, sobretudo enquanto continua a guerra na Ucrânia e com a crise diplomática entre os Estados Unidos e a China após a visita de Nancy Pelosi a Taiwan.

Por meio do Army Games, a Rússia, como país organizador, demonstra sua aliança com outros países e extensão de seu poder bélico em várias esferas mundiais.

Obras sob supervisão russa

Para receber centenas de militares que participarão das competições de franco-atiradores, o Forte Militar Terepaima, localizado no estado Lara (cerca de 430 quilômetros de distância da capital Caracas), passou por várias modificações.

As obras de adaptação da estrutura na Venezuela foram supervisionadas por uma delegação do governo russo.

Nas disputas em solo venezuelano serão utilizados fuzis com precisão SVD Dragunov de 7,62 milímetros com mira telescópica orgânica diurna e noturna; pistolas 9 milímetros e granadas de instrução, de acordo com um comunicado divulgado pela Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Militares venezuelanos vão à Rússia

Uma das práticas das Olimpíadas da Guerra é o intercâmbio entre membros dos exércitos participantes. Os militares da Venezuela e de outros seis países foram enviados à região de Voronej, conhecida como um dos principais centros financeiros da Rússia, para as competições de veículos blindados.

Em mensagem postada nas redes sociais uma delegação da FANB informou que "saímos de nossas fronteiras rumo à Rússia para representar a Venezuela nos Army Games onde a equipe de biatlo irá demonstrar o poder de fogo dos soldados que operam os tanques de guerra".   

Para os militares, participar das Olimpíadas da Guerra é motivo de orgulho e de forte preparo. Além das disputas, durante a competição, os países participantes fortalecem a cooperação bélica e aprofundam a troca de experiências em várias áreas militares.

As Olimpíadas da Guerra começam um dia após o fim das operações militares anuais organizadas pelo Comando Sul dos Estado Unidos, conhecidas como Panamax 2022.

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