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Primeiro cargueiro do programa de exportação de grãos da ONU chega à Ucrânia

12/08/2022 11h23

O primeiro navio fretado pelas Nações Unidas sob o acordo para retirar grãos do país e aliviar a crise alimentar global deve chegar à Ucrânia nesta sexta-feira (12), informou a ONU. 

O MV Brave Commander deixou Istambul na quarta-feira e deve chegar a Yuzhne, a leste de Odessa, nesta sexta, onde carregará trigo ucraniano, informou o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA). 

"Esta é a primeira remessa de ajuda humanitária da Iniciativa de Grãos do Mar Negro", disse o porta-voz da agência da ONU, Tomson Phiri. 

Rússia e Ucrânia assinaram um acordo em 22 de julho, validado pela Turquia e pelas Nações Unidas, para permitir as exportações de grãos ucranianos bloqueadas pela guerra.

O primeiro navio de grãos ucranianos exportados sob o acordo deixou Odessa em 1º de agosto.

A Turquia abriu o Centro de Coordenação Conjunta (CCC) em Istambul, encarregado de controlar as exportações de grãos ucranianos através do Mar Negro, conforme estabelecido pelo acordo. 

O CCC inclui representantes da Ucrânia e da Rússia, bem como da Turquia e das Nações Unidas. 

O PMA da ONU comprou 30.000 toneladas de trigo ucraniano, embora o cargueiro MV Brave Commander tenha capacidade para apenas 23.000. 

"O restante será carregado e embarcado em breve em outro navio", disse Phiri. "O PMA espera que o MV Brave Commander seja o primeiro de uma série de remessas à medida que a Iniciativa de Grãos do Mar Negro ganha impulso", acrescentou. 

Ainda não há detalhes sobre quando e para onde o navio partirá. 

Rússia e Ucrânia são grandes potências agrícolas, e seu trigo, milho e girassol, em particular, abastecem o mercado mundial. Estima-se que entre 20 e 25 milhões de toneladas de grãos tenham sido bloqueadas nos portos ucranianos desde o início da invasão em 24 de fevereiro, elevando os preços. 

De acordo com o PMA, mais 47 milhões de pessoas, até um total de 345 milhões, estarão em situação de insegurança alimentar aguda ou em alto risco de ficar em insegurança alimentar aguda em 82 países até o final deste ano.

rjm/nl/ach/grp/eg/aa

© Agence France-Presse

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