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França recebe ajuda de bombeiros da UE para combater incêndios florestais

12/08/2022 12h16

Os bombeiros da França receberam a ajuda de 361 agentes de países vizinhos, como Alemanha, Polônia, Áustria e Romênia, além de vários aviões-tanque da União Europeia para combater, nesta sexta-feira (12), os incêndios florestais que se propagam em diferentes pontos do país.

Com a nova onda de calor, cerca de 1.100 agentes de combate ao fogo foram mobilizados, enquanto os focos de incêndio permanecem ativos. Na região da Gironde, as chamas queimaram 7.400 hectares desde terça-feira e dez mil pessoas tiveram de deixar suas casas, algumas pela segunda vez neste verão. Mesmo no departamento de Jura, perto da fronteira com a Suíça, onde o clima tende a ser mais moderado, dois incêndios consumiram mais de 600 hectares de floresta desde terça-feira (9).

De acordo com Ronan Léaustic, vice-prefeito de Arcachon, uma estância turística a 50 quilômetros de Bordeaux, o fogo foi contido, mas as condições climáticas exigem "extrema vigilância". "Hoje deve ser um dia complicado, pois as temperaturas continuam subindo", destacou. Segundo o serviço meteorológico nacional, as temperaturas, nesta sexta-feira (12), chegam aos 40°C em diversas cidades francesas.

Departamentos em alerta

Na costa atlântica e no sudoeste do país, 19 departamentos estão em vigilância laranja para ondas de calor, enquanto a Córsega está em vigilância laranja para tempestades violentas durante a noite desta sexta e de sábado (13).

As temperaturas permanecem altas nos próximos dias mesmo durante a noite, entre 18°C a 21°C na costa atlântica e no sudoeste, e entre 21°C e 24°C na região do Mediterrâneo. Na região da Gironde, a temperatura, durante o dia, volta a atingir os 39°C.

Incêndios e seca como resultado do aquecimento global

De acordo com as autoridades, mais de 40 mil hectares foram queimados este ano na França. Já as medições de satélite apontam para 50 mil hectares. Os números multiplicam a média anual dos 15 anos anteriores, como na Espanha. O forte calor também afeta a Alemanha e Portugal.

A França também está sendo atingida, neste verão, por uma seca histórica que obrigou o país a restringir o uso de água. Em julho, a precipitação foi 84% menor do que o normal durante o período de 1991 a 2020, segundo o serviço de meteorologia. Cientistas acreditam que a multiplicação das ondas de calor é uma consequência direta do aquecimento global.

(Com informações da AFP)

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