Topo
Notícias

Área da central nuclear de Zaporizhzhia é alvo de novos ataques

11/08/2022 12h36

KIEV, 11 AGO (ANSA) - Diversos novos ataques com mísseis foram registrados nesta quinta-feira (11) na área da central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, e russos e ucranianos voltaram a trocar acusações sobre a autoria das ações militares.   

"As forças armadas ucranianas submeteram pela segunda vez o território da central nuclear de Zaporizhzhia e a cidade de Energodar a maciços bombardeios. Cinco mísseis foram registrados próximos ao escritório do responsável da central. Outros cincos mísseis foram registrados próximos à central dos bombeiros, não longe da planta", escreveu um dos membros do conselho de administração militar-civil da região, o russo Vladimir Rogov, em seu Telegram, em mensagem repercutida pela agência Tass.   

Assim que a notícia foi veiculada, a entidade nacional de energia da Ucrânia, Energoatom, denunciou que foram as tropas russas lançaram cinco mísseis na área do depósito de substâncias radioativas e outros cinco na mesma região. Ainda conforme a empresa, os funcionários ucranianos permanecem no local e não fugiram.   

A única coisa em que Rússia e Ucrânia concordam é que a situação está "sob controle" e que o nível de radioatividade na área "está normal".   

É impossível determinar, de maneira independente, quem realmente está fazendo os ataques ou se são as duas nações que estão realizando ações militares. Até por conta disso, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu para que as "forças militares da Rússia e da Ucrânia" cessem "imediatamente todas as atividades nas proximidades" da planta nuclear.   

Por conta da gravidade da situação e do temor de que haja um desastre nuclear em alguma dessas ações, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para esta quinta-feira para debater a situação em Zaporizhzhia.   

A usina nuclear está sob controle militar russo, mas é operada por técnicos ucranianos. Ela possui seis reatores, mas conforme informações oficiais, apenas dois estão em funcionamento.   

Desde que a invasão russa começou, em 24 de fevereiro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão ligado à ONU, não consegue mais fazer as visitas de rotina e, por mais de uma vez, denunciou ter perdido acesso aos dados remoto de vigilância e segurança.   

Na última semana, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, afirmou que o local está "completamente fora de controle" e que a situação "é extremamente grave". (ANSA).   

Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.


Notícias