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TV dos EUA: Rússia promete liberdade para prisioneiros que lutem na guerra

Presidente da Rússia, Vladimir Putin - Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via Reuters
Presidente da Rússia, Vladimir Putin Imagem: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

10/08/2022 15h43Atualizada em 10/08/2022 15h43

Agências militares russas têm oferecido liberdade ou altos 'salários' a condenados que estejam dispostos a lutarem na guerra entre Rússia e Ucrânia, diz nova cobertura da emissora internacional CNN. A investigação, feita ao longo de julho, falou com diversos prisioneiros que confirmaram a história.

De acordo com a emissora, presos, variando de assassinos a sentenciados por delitos de drogas, recebem as ofertas e, caso concordem com os termos, são levados a um treinamento de duas semanas no sul da Rússia - após o qual são mandados ao fronte.

Diversos condenados discutem o assunto com suas famílias, pesando os prós e contras - mas, de acordo com um dos prisioneiros com quem a CNN conversou, muitos aceitam. Segundo ele, que foi sentenciado por quase uma década por delitos de drogas, cada oferta é diferente.

"Eles aceitam assassinos, mas não estupradores, pedófilos, extremistas ou terroristas. Anistia ou um perdão em seis meses é uma das ofertas. Alguns falam de 100 mil rublos por mês [por volta de R$8 mil], outros 200 mil", relatou o preso.

Continuando: "Isso pode fazer uma grande diferença para mim: It can make a real difference for me: ficar preso por quase uma década ou sair em seis meses, se tiver sorte. Mas isso é se você tiver sorte. Eu só quero ir para casa para as crianças o mais rápido possível. Se esta opção for possível, por que não?".

Recrutamento é feito por empresa privada de mercenários

Segundo ativistas e prisioneiros ouvidos pela emissora, a empresa Wagner, militar e privada, é quem cuida dos recrutamentos de presos - especialmente levando em conta que não está subjugada à proibição de empregar condenados, como as Forças Armadas Russas estão.

Até R$410 mil foi prometido às famílias de prisioneiros que morressem durante a guerra, segundo Gulagu.net, um grupo que defende direitos de presos na Rússia. Nenhum contrato desses acordos foi compartilhado, o que leva muitas fontes a pensar que não há garantia de honra dos estabelecimentos.

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