Prioridade da CVC em estrutura de capital é alongamento de dívida, diz diretor
A CVC tem como prioridade na gestão da estrutura capital o alongamento de sua dívida bruta, que têm a maior parte dos vencimentos concentrados em 2023, disse o diretor financeiro da companhia nesta quarta-feira, em meio a questionamentos no mercado sobre potencial necessidade de novo aumento de capital pelo grupo de turismo.
Dos cerca de 1 bilhão de reais de dívida bruta da companhia, incluindo contas a pagar de aquisições, aproximadamente 650 milhões vencem no segundo trimestre de 2023, e mais 100 milhões incidem em cada um dos anos de 2024 e 2025, afirmou Marcelo Kopel, diretor de finanças e relações com investidores, em conferência de resultados com analistas.
"Quando estamos falando de demanda para mexer na estrutura de capital, a prioridade é endereçar essa parte do balanço (perfil da dívida), e não necessariamente fazer mais um aumento de capital", acrescentou.
A CVC levantou 403 milhões de reais com uma oferta de ações em junho para reforçar seu capital de giro em meio ao crescimento das vendas após impacto da pandemia. Segundo o executivo, o "racional" de realizar o follow-on antes era esperar que os resultados operacionais da companhia "propiciassem um conversa mais construtiva com mercado em termos de alongamento de dívida".
A companhia divulgou na noite da véspera queda do prejuízo do segundo trimestre ante o ano anterior, com alta de 133,5% na receita líquida.
Em sua fala final na conferência, o presidente da CVC, Leonel Andrade, voltou a abordar o que chamou de "dúvida natural (do mercado) sobre a possível necessidade de mais capital da companhia, na verdade, como esse capital vai chegar na companhia". Ele disse ser importante que "seja numa eventualidade junto aos acionistas ou seja junto a possíveis credores, a gente tem bastante credibilidade".
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