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RS: mulheres cercam suspeito de importunação sexual em ônibus e ele é preso

do UOL

10/08/2022 19h17Atualizada em 11/08/2022 10h31

Um homem foi preso por importunação sexual na manhã de ontem após mulheres o cercarem e impedirem a saída dele de um ônibus na zona sul de Porto Alegre. Segundo a Brigada Militar, o suspeito teria mostrado a genitália para passageiras da linha Restinga Nova/Tristeza. O caso ocorreu por volta das 6h30.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que as mulheres do veículo impedem a saída do suspeito do ônibus, clamando para a presença da polícia. "Não deixa ele sair", diz uma das mulheres. "Hoje tu sai preso", acrescenta outra.

Em outro vídeo, momento em que a polícia aparece imobilizando o suspeito, uma passageira revoltada com a situação diz: "Poderia ser com uma mulher de vocês, com uma filha".

Os agentes do 21º Batalhão de Polícia Militar imobilizaram o suspeito na Avenida João Antônio Silveira e o levaram para o Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). O crime de importunação sexual tem pena de até 5 anos de reclusão.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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