Presidente de grupo LGBTQIA+ é condenado a um ano de prisão na Tunísia
Tunes, 26 Out 2021 (AFP) - O presidente da principal associação LGBTQIA+ da Tunísia anunciou nesta terça-feira (26) que foi condenado a um ano de prisão por uma publicação no Facebook considerada uma blasfêmia contra o profeta Maomé, apesar de ter negado a autoria da mesma.
"A câmara correcional do tribunal de primeira instância de Túnis acaba de me condenar a um ano de prisão, mil dinares de multa [cerca de 353 dólares] e dois anos de controle administrativo por ter blasfemado o profeta Maomé", escreveu Mounir Baatour, presidente da associação Shams, no Facebook.
Baatour vive na França, após fugir da Tunísia em 2019, devido às ameaças que recebeu por uma postagem no Facebook que atribui a ele comentários ofensivos a Maomé, algo que o ativista nega categoricamente.
Criada em 2015, a associação Shams, que significa "sol" em árabe, milita pela despenalização da homossexualidade na Tunísia.
O presidente do país, Kaïs Saïed, se opõe à despenalização da homossexualidade, mas também é contrário à prisão de pessoas em função de sua orientação sexual.
Desde a revolução de 2011, durante a chamada "primavera árabe", os militantes LGBTQIA+ têm atuado abertamente na Tunísia, onde associações e ONGs defendem os direitos desta comunidade, algo que é relativamente pouco comum nos países árabes.
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