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Ex-presidente e general da Coreia do Sul, Roh Tae-woo, morre aos 88 anos

Ex-presidente sul-coreano e general Roh Tae-woo morreu de causas naturais em 26 de outubro de 2021 aos 88 anos, de acordo com relatórios - CHOO YOUN-KONG/AFP
Ex-presidente sul-coreano e general Roh Tae-woo morreu de causas naturais em 26 de outubro de 2021 aos 88 anos, de acordo com relatórios Imagem: CHOO YOUN-KONG/AFP

26/10/2021 07h00Atualizada em 26/10/2021 08h01

O general Roh Tae-woo, ex-presidente da Coreia do Sul que desempenhou um papel decisivo na sangrenta repressão do levante popular em Gwangju, faleceu aos 88 anos, nesta terça-feira (26), de causas naturais.

O levante terminou na morte de centenas de vidas.

Afastado da vida pública há cerca de 20 anos após ser diagnosticado com câncer de próstata, Roh Tae-Woo estava internado no Hospital da Universidade Nacional de Seul, informou a agência de notícias Yonhap.

Roh Tae-woo foi eleito presidente de 1988 a 1993, sucedendo a seu velho amigo e ditador Chun Doo-hwan, que tomou o poder em um golpe militar com Roh em 1979.

A vitória de Roh nas eleições de 1987, devido a uma oposição dividida, esmagou as esperanças de muitos ativistas liberais e pela democracia, que viram sua posse como pouco mais do que uma extensão do regime existente.

Durante seu mandato, Roh presidiu os Jogos Olímpicos de Verão de Seul em 1988 e estabeleceu laços diplomáticos com o bloco comunista, durante muito tempo alinhado com Pyongyang.

Foi substituído pelo ex-ativista democrata Kim Young-sam, que estava determinado a levar ele e Chun à Justiça.

Em 18 de maio de 1980, manifestantes pró-democracia tomaram as ruas de Gwangju, para protestar contra a lei marcial proclamada pelo ditador Chun Doo-Hwan.

Centenas de pessoas morreram na violenta repressão do Exército, um evento que ficou conhecido como o massacre de Gwangjiu.

No final, os dois ex-presidentes foram condenados por traição, em 1996.

No início, Roh foi condenado a 22,5 anos de prisão, enquanto Chun foi condenado à morte. Ambos receberam perdões presidenciais, porém, e foram postos em liberdade no ano seguinte.

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