Cúpula Itália-América Latina defende clima, mulheres e vacinas
Os participantes do evento esperam uma "aceleração em relação às diferentes realidades nacionais, no sentido de um acesso amplo e equitativo às vacinas", diz a declaração final.
O documento reitera ainda o "compromisso de promover o trabalho em temas como a questão da mulher e da igualdade de gênero, a pesquisa e o desenvolvimento, a luta contra as mudanças climáticas e o crime organizado".
Além disso, a cúpula se comprometeu a dar prioridade à crise social desencadeada pela pandemia e a colaborar com a transição para uma energia mais limpa e acessível, para o desenvolvimento do que eles chamaram de economia circular.
Os países da América Latina e do Caribe "manifestam seu apoio ao papel da Itália como atual presidência do G20, de modo que, na conclusão da Cúpula de chefes de Estado e de governo, levando em consideração dos resultados desta conferência, a 'Declaração de Roma' consolida os compromissos ministeriais já assumidos nos últimos meses", em especial a luta contra as alterações climáticas.
"O objetivo italiano, que acredito ser compartilhado por todos vocês, é combater o impacto social e econômico da pandemia na saúde e promover uma recuperação sustentável, inclusiva e resiliente", explicou a vice-chanceler da Itália, Marina Sereni.
As prioridades do governo italiano devem ser "investir na saúde do planeta e restaurar a saúde de nossas economias, para o benefício máximo das mulheres e dos homens que hoje habitam nosso planeta e daqueles que o habitarão nos próximos anos".
"Neste contexto, o combate às desigualdades e à igualdade de gênero são objetivos que devemos considerar transversais na nossa agenda comum", afirmou Sereni, lembrando que "esta é a mesma estratégia que está subjacente a todos os objetivos de desenvolvimentos sustentável da agenda 2030 e é nossa intenção acelerar o ritmo para alcança-los na Europa, América Latina e Caribe".
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, por sua vez, afirmou que a Itália, a Europa e a América Latina e Caribe são chamadas a dar juntos uma contribuição concreta e incisiva para enfrentar os desafios globais.
Em mensagem lida por Sereni, o líder italiano defendeu "um futuro pós-pandêmico caracterizado por menos desigualdades e maior sustentabilidade ambiental" e ressaltou que o encontro é "a melhor oportunidade para refletir sobre objetivos partilhados".
Já o chanceler Luigi Di Maio destacou que, com a realização do evento, a Itália quer contribuir para o retorno da América Latina e do Caribe à agenda europeia como centralidade estratégica.
Ele enfatizou ainda que seu país está empenhado em apoiar o relançamento de atenção da União Europeia à região, nomeadamente com a conclusão e atualização da rede, acordos com países e grupos regionais, no interesse mútuo de garantir uma associação natural partilhada de valores.
Entre os laços históricos, sociais, políticos e econômicos da Itália com a América Latina e o Caribe, o chanceler destacou que mais de dois milhões de italianos residem nesta região, onde operam mais de três mil empresas do país europeu, com vendas superiores a 70 bilhões de euros.
Di Maio também lembrou que, apesar da pandemia, o comércio ultrapassou 20 bilhões de euros em 2020 e continua crescendo em 2021, enquanto os investimentos somam 33 bilhões de euros, montante superior ao que a Itália tem na China, Japão, Rússia e Líbia juntos. (ANSA)
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