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Catar promete 'igualdade de cidadania' após eleição controversa

26/10/2021 10h43

Doha, 26 Out 2021 (AFP) - O emir do Catar prometeu "igualdade de cidadania" depois que algumas pessoas foram impedidas de participarem da eleição do órgão legislativo no início de outubro, o que provocou um debate público pouco comum neste rico país do golfo, onde os partidos políticos são proibidos.

Apenas os descendentes de habitantes já cidadãos catarianos em 1930 tinham direito de votar e serem candidatos ao conselho da Shura, o que desqualificava as famílias naturalizadas desde então.

"Para promover a igualdade da cidadania catariana e instaurá-la na prática (...), ordenei ao conselho de ministros que prepare as emendas jurídicas adequadas para concretizar esse objetivo", declarou o emir, o xeique Tamim bin Hamad al Thani, aos legisladores na sessão de abertura da nova Shura nesta terça-feira, transmitida pela televisão.

Durante a eleição legislativa de 2 de outubro, os candidatos se apresentaram aos distritos eleitorais vinculados ao local onde sua família ou comunidade vivia nos anos 1930, segundo os dados das autoridades britânicas da época.

O Catar possui cerca de 2,5 milhões de habitantes, a maioria deles estrangeiros sem direito ao voto. Os catarianos são aproximadamente 333.000.

O Catar assinou, pela primeira vez desde sua independência do Reino Unido em 1971, uma Constituição que entrou em vigor em 2005 com o objetivo de introduzir reformas democráticas.

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