Suposto testa de ferro de Maduro comparece a 1ª audiência nos EUA
Na breve audiência, a primeira desde que Saab foi extraditado Cabo Verde no sábado passado, o juiz John O'Sullivan, do Distrito Sul da Flórida, fez a leitura inicial das acusações, que o empresário ouviu de uma cela de prisão em Miami.
Saab, de 49 anos, foi trancado sozinho na cela, sem algemas, vestindo um roupão laranja, e está sendo representado pelo advogado Henry Bell.
A audiência de detenção em que as acusações serão formalmente lidas, assim como o pedido de fiança, foi marcada pelo juiz para 1º de novembro, após Bell ter pedido mais tempo por se tratar de um "caso complicado".
Entretanto, o procurador Kurt Lunkenheimer antecipou que Saab representa um "risco de fuga" e declarou ao juiz que o acusado tinha acabado de ser extraditado após "lutar contra a extradição durante mais de 400 dias na República de Cabo Verde".
O juiz esclareceu à imprensa que é "ilegal" gravar e publicar vídeos ou áudios da audiência, que foi feita pela plataforma Zoom.
Durante a audiência, O'Sullivan perguntou se Saab concordava com a audiência online, e o detido respondeu afirmativamente. Também foi perguntado se Bell o representaria na questão da fiança, o que foi confirmado.
As oito acusações que Saab enfrenta desde julho de 2019 nos EUA - sete acusações de lavagem de dinheiro e uma de conspiração para cometer o crime - envolvem violações da Lei de Práticas Corruptas no Exterior, disse o Departamento de Justiça nesta segunda-feira.
A acusação alega que, entre novembro de 2011 e pelo menos setembro de 2015, Saab e Álvaro Pulido, que está em liberdade, conspiraram com outros para encobrir os lucros de uma rede de corrupção sustentada por propinas para ganhar licitações públicas e fraudar o sistema de controle cambial.
Como resultado do esquema, Saab e Pulido transferiram da Venezuela, através dos EUA, cerca de US$ 350 milhões para contas que possuíam ou controlavam em outros países, de acordo com a procuradoria. EFE
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