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Ombudsman da Guatemala alerta para grave crise de desnutrição

16/10/2021 18h22

Cidade da Guatemala, 16 Out 2021 (AFP) - A Guatemala enfrenta "uma das piores crises de segurança alimentar", um problema que se agravou com a pandemia e as mudanças climáticas, alertou neste sábado o procurador de Direitos Humanos do país, Jordan Rodas, ao informar que 39 crianças já morreram de desnutrição na Guatemala este ano.

"O país enfrenta um panorama difícil para honrar os compromissos contidos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (da ONU), em particular o Fome Zero", que busca reduzir a pobreza até 2030, disse Rodas, no âmbito do Dia Mundial da Alimentação.

O procurador lamentou que 16% dos quase 17 milhões de guatemaltecos sofram de desnutrição, e que 18% vivam em situação de insegurança alimentar grave e 45% em situação de insegurança alimentar moderada. Segundo a ONU, quase 50% das crianças menores de 5 anos sofrem de desnutrição crônica na Guatemala, o índice mais alto da América Latina.

Trata-se de "uma das maiores crises de insegurança alimentar e nutricional devido aos efeitos da Covid-19 e de fenômenos climáticos como as tempestades Eta e Iota", ocorridas no ano passado, que deixaram dezenas de mortos, destruíram lavouras de subsistência e causaram danos à infraestrutura", explicou Rodas.

Soma-se a isso a falta de vontade política do governo central para garantir o direito à alimentação, lamentou o procurador, que recomendou ao presidente Alejandro Giammattei empreender "uma política agressiva e eficaz voltada a garantir o direito à alimentação da população em situação de insegurança alimentar, especialmente crianças com desnutrição aguda e crônica e famílias gravemente afetadas pelos impactos da pandemia e de tempestades tropicais".

A pandemia havia deixado até ontem 14.236 mortos e 586.318 infectados na Guatemala.

ec/yo/lb

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