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EUA ficará sem fundos em 18/10 se não elevar teto da dívida, diz Yellen

28/09/2021 11h59

Washington, 28 Set 2021 (AFP) - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos esgotará todas as medidas para manter o funcionamento do governo até 18 de outubro e ficará sem dinheiro, a menos que o Congresso eleve o teto da dívida, advertiu nesta terça-feira (28) a secretária desta pasta, Janet Yellen.

A partir desta data, "o Tesouro ficaria com recursos muito limitados, que se esgotariam rapidamente. É incerto se poderemos continuar cumprindo os compromissos da nação depois dessa data", afirmou em uma carta aos congressistas.

No Senado, a oposição republicana se recusa a aumentar ou suspender o teto da dívida, apesar de ter pressionado por este tipo de medida quando país era presidido por Donald Trump.

Na segunda-feira, os republicanos bloquearam uma tentativa dos democratas de aprovar uma suspensão do limite de endividamento por 14 meses, até 2022.

A Câmara de Representantes aprovou uma medida para manter o governo em funcionamento até 3 de dezembro, enquanto prossegue a discussão de um pacote de gastos sociais para o período de 10 anos. O Senado, dividido em 50-50 entre os dois partidos, se recusou a iniciar o debate sobre o projeto.

Sem recursos, o governo federal pode ficar impossibilitado de pagar os funcionários e aposentados, assim como de honrar suas dívidas.

Yellen voltou a insistir que a aprovação é crucial: "Esperar até o último minuto poderia provocar sérios danos às empresas e à confiança dos consumidores, elevaria o custo dos empréstimos para os contribuintes e impactaria negativamente na classificação de crédito dos Estados Unidos nos próximos anos"

"Falhar em agir rapidamente também pode resultar em problemas substanciais nos mercados financeiros, enquanto o aumento da incerteza pode exacerbar a volatilidade e minar a confiança dos investidores", acrescentou.

Elevar o teto da dívida não implica aumentar gastos. Simplesmente permite ao Tesouro financiar projetos já aprovados.

O líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, usou o limite da dívida como uma maneira de protestar contra os planos de gastos do presidente Joe Biden. Ele afirma que os democratas devem aumentar o teto da dívida sem o apoio da oposição.

Durante o governo de Trump, este limite foi suspenso durante dois anos após um acordo bipartidário. McConnell afirmava na época que não fazer isto "seria um desastre".

O teto foi reinstaurado em 1º de agosto com a dívida dos Estados Unidos em 28,4 trilhões de dólares.

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